A contabilidade é uma ciência social utilizada na gestão das entidades e provém informações úteis para a melhor atuação das mesmas no cenário empresarial. (SZUSTER et al., 2013)
Nesse cenário contábil, a informação é um dos aspectos mais poderosos para a tomada de decisão. Iudícibus e Marion (2002, p. 41) afirmam que “[...] há necessidade de dados, de informações corretas, de subsídios que contribuam para uma boa tomada de decisão. ”
Os usuários, tanto externos quanto internos, da contabilidade, utilizam a informação por meio das demonstrações contábeis. A Lei 11.638/2007 apresenta um conjunto de demonstrações com obrigatoriedade de divulgação, sendo estas: Balanço Patrimonial, Demonstração do Resultado do Exercício, Demonstrações de Fluxo de Caixa, Notas Explicativas, Demonstração do Resultado Abrangente, Demonstração da Mutações do Patrimônio Líquido e Demonstração do Valor Adicionado.
O objeto de estudo deste trabalho é a Demonstração do Valor Adicionado (DVA). De acordo com Santos (2003), a DVA é um dos métodos de análise do Balanço Social. Inserida no conjunto de demonstrações financeiras com obrigatoriedade de publicação das companhias de capital aberto por meio da Lei 11.638/2007 e sendo normatizada pelo CPC 09, examina a riqueza gerada pela empresa em determinado período e sua respectiva distribuição à sociedade.
A DVA visa demonstrar todas as destinações da riqueza gerada como exemplos, a parcela que remunera os empregados, os acionistas, os financiadores e os impostos pagos ao governo. (CUNHA, RIBEIRO, SANTOS, 2003; RIBEIRO, 2012). De acordo com Santos (2003), o objetivo da DVA é diferente das demonstrações contábeis voltadas para o proprietário e resultado líquido.
Diante disso, tem-se que a Demonstração do Valor Adicionado (DVA) permite compreender a contribuição econômica da entidade para cada segmento com o qual ela se relaciona. Essa pesquisa busca cooperar com a sociedade por permitir observar como as empresas distribuem a riqueza gerada. A pesquisa tem como questionamento: Como as Instituições de Ensino Superior de capital aberto distribuem a riqueza gerada no ano 2017?
Tomando essa contextualização como base, a pesquisa tem como objetivo geral analisar a forma como as Instituições de Ensino Superior de capital aberto, listadas na B3, distribuem a riqueza gerada para a sociedade no ano de 2017. Os objetivos específicos são: (i) identificar as empresas que apresentaram maior valor agregado no ano de 2017 e (ii) verificar a representatividade da distribuição da riqueza gerada para a sociedade.
Esta pesquisa é de natureza qualitativa e descritiva. A amostra da pesquisa são as 6 Instituição de Ensino Superior (IES) listadas na Bolsa de Brasil Balcão (B3): ANIMA HOLDING S.A., BAHEMA S.A., ESTÁCIO PARTICIPAÇÕES S.A., KROTON EDUCACIONAL S.A., SER EDUCACIONAL S.A. e SOMOS EDUCAÇÃO S.A.
A abordagem será empírico-analítica visando a observação e o estudo dos fenômenos envolvidos no tema estabelecido para a pesquisa. Com isso, busca-se evidenciar a relevância das informações disponibilizadas através da Demonstração do Valor Adicionado (DVA) para analisar como as empresas, no ano de 2017, distribuíram a riqueza gerada.
A partir das informações apresentadas nas Demonstrações do Valor Adicionado (DVA) estudadas, elabora-se tabelas, com o intuito de analisar a forma como as Instituições de Ensino Superior (IES) de capital aberto, listadas na B3, distribuem a riqueza gerada para a sociedade no ano de 2017.
a maioria das empresas do setor repassa maior parte do valor agregado para os colaboradores, com exceção da Somos Educação cuja maior parcela do valor gerado pela empresa foi repassada para terceiros, através de juros e aluguel, e a Kroton Educacional que repassou quase metade do valor gerado para remuneração do capital próprio.
Com relação ao repasse para os colaboradores, a empresa que apresentou o maior repasse foi a Bahema S.A com quase 60% do seu valor adicionado e a Anima Holdings S.A com 56,64% do seu valor repassado para os seus colaboradores.
Contata-se que o governo recebeu a menor parcela do valor agregado em 2017. Tendo em vista a análise dessa parcela, as empresas que apresentaram os menores repasses foram Kroton Educacional, tendo 11,80%, e SER Educacional S.A, com 21,08%, indicando que as empresas diluíram a riqueza gerada para outros setores.
Ressalta-se que o valor agregado em 2017 pela Somos Educação S.A foi insuficiente para repasse para todos os grupos, observa-se também que grande parte do que a empresa gerou de valor foi repassado para terceiros. A Bahema S.A também não conseguiu em 2017 remunerar todos os grupos com a riqueza gerada no período, com a maior parte do valor agregado repassado para os funcionários, indicando que mais da metade do valor gerado no período foi destinado para pagar os colaboradores.
Outro grupo que também recebe valores consideráveis de repasse é o de terceiros, porém identifica-se que a riqueza gerada pelos grupos educacionais está, em um primeiro momento, pagando seus funcionários e, em seguida, os terceiros.
A Kronton Educacional, uma das empresas analisadas, é a que apresenta o melhor desempenho, pois além de remunerar todos os grupos com a riqueza gerada que gerou despesas, ainda apresentou folga em grande proporção para remunerar o capital próprio. Ou seja, a riqueza gerada reduzindo todas as despesas ainda remunera de forma satisfatória o capital próprio.
A empresa que apresentou a maior valor agregado de 2017 foi a Kroton Educacional. Ressalta-se que a Kroton apresenta o melhor desempenho, sendo o seu valor agregado no período suficiente para pagar todas as despesas e ainda sobrar mais de 50% do valor agregado para remunerar o capital próprio investido. No geral as empresas do setor repassam a maior parte da sua riqueza gerada para os seus colaboradores e terceiros, indicando que o valor gerado foi repassado em grande parte para funcionários, os juros e o aluguel da empresa
Seja bem-vind@ à leitura dos Anais da CONEXÃO Fametro 2018!
Temos o prazer de disponibilizar à comunidade acadêmica os Anais do VI Encontro de Iniciação à Pesquisa, VI Encontro de Monitoria e Iniciação Científica e VIII Encontro de Pós-graduação. Aqui estão os trabalhos que foram apresentados durante o evento, que agora são compartilhados em forma de artigos digitais. O tema da CONEXÃO Fametro 2018 foi “Inovação e Criatividade”.
Com este tema, procuramos fomentar discussões e pesquisas que abordassem as mais diversas áreas do conhecimento, demonstrando o potencial transdisciplinar e inovador dos pesquisadores, tendo a dimensão artística como principal norteador.
Tratam-se de trabalhos interessantes que podem auxiliar em estudos e pesquisas, estimular outros alunos e professores à produção científica e dar subsídios a novas práticas em campos de atuação diversos das áreas da saúde, humanas e exatas.
Esperamos que esta publicação ajude como mais uma opção de apoio à pesquisa e ao desenvolvimento científico, uma vez que concentra artigos resultantes de investigações comprometidas com a publicização do conhecimento de qualidade, a responsabilidade social e mudanças nos contextos de atuação.
Boa leitura!
Solange Sousa Pinheiro
PRESIDENTE DA COMISSÃO CIENTÍFICA
As normas de submissão de trabalhos científicos estão disponíveis nos editais no link: https://www.doity.com.br/conexao-fametro-2018/artigos
Comissão Organizadora
Ailton Pereira da Silva
Caroliny Uchoa Sales
Daniel Carlos Lopes Vasconcelos
Fernanda Rocha Dantas
Juliana Pereira Pessoa
Marina Barbosa Gouveia
Pedro Lucas Bezerra Porto
Yohrranna Kelly Almeida de Araujo
Comissão Científica
Andréa Bessa Teixeira
Anne Caroline Moraes de Assis
Isabelle Lucena Lavor
Solange Sousa Pinheiro
Para dúvidas e sugestões, envie ao e-mail conexaofametro@fametro.com.br.
Os anais da Conexão Fametro 2017 estão disponíveis no link: https://www.doity.com.br/anais/conexaofametro2017