Introdução: A qualidade na atenção básica tem sido uma das prioridades na saúde da mulher, uma vez que estas representam a maior parte da população brasileira e são as principais usuárias do Sistema Único de Saúde (SUS), seja para seu próprio atendimento e/ou para o acompanhamento de familiares. No início do século XX, quando as políticas voltadas para saúde da mulher começaram a ser implantadas no Brasil, não se considerava o perfil epidemiológico da população feminina local; as concepções predominantes se apoiavam no modelo de atenção materno-infantil, uma vez que a mulher era vista apenas como reprodutora e cuidadora dos filhos e do lar. Neste período, a atenção à saúde da mulher estava restrita ao período gravídico-puerperal estando a maior parte de sua vida sem assistência. Em decorrência das necessidades relacionadas aos agravos da saúde da população feminina, em 1984 o Ministério da Saúde lançou o Programa de Assistência Integral à Saúde da Mulher (PAISM) com o objetivo de promover ações educativas, preventivas, de diagnóstico, tratamento e recuperação, abrangendo diversas áreas do cuidado a mulher para assim suprir as necessidades identificadas. Diante desse grande avanço, se faz necessário conhecer a visão da mulher acerca da qualidade dos serviços de saúde prestados a elas na atenção primária à saúde. Objetivo: Proporcionar reflexão acerca da qualidade nos serviços de saúde na atenção básica prestados às mulheres em diferentes fases do ciclo de vida. Metodologia: Trata-se de uma revisão de literatura, de artigos pesquisados na base de dados LILACS, no diretório de revistas SciELO e na Biblioteca Virtual em Saúde. Foram pesquisados artigos em português, utilizando as palavras chaves: Atenção primária à saúde, saúde da mulher, saúde pública, publicados nos últimos 10 anos. Foram excluídos teses, dissertações e trabalhos de conclusão de curso. Foram encontrados no total 15 estudos, e após análises permaneceram 07 artigos. Resultados e Discussão: Ao longo dos anos as mulheres conquistaram diversos direitos. Atualmente, são realizadas diversas estratégias e ações diferenciadas voltadas para este grupo, as quais englobam planejamento familiar, pré-natal, promoção da atenção obstétrica e neonatal, humanização, redução da morte materna, saúde da adolescente, além de outras necessidades identificadas. Embora existam políticas públicas, protocolos e projetos voltados para saúde da mulher, a efetividade das ações desenvolvidas depende do conjunto de fatores sociais, culturais, ambientais, biológicos, sexuais e psicológicos, onde esses fatores podem melhorar a satisfação das mulheres na qualidade dos serviços de saúde. Entretanto, apesar do alto volume de atendimentos às mulheres na atenção básica, abrangendo desde situações relacionadas aos processos fisiológicos e de saúde- doença à situações de sofrimento nos casos de violência doméstica, abuso sexual e climatério, não foram encontrados dados na literatura que mostrem a visão da mulher acerca da qualidade dos serviços prestados na atenção primária, sendo estes encontrados apenas no contexto da atenção secundária e terciária. Considerações Finais: As mulheres atendidas nos serviços de saúde precisam sentir-se acolhidas com equipes especializadas em saúde da mulher. No entanto, não há dados na literatura que mostrem a visão das mulheres quanto à qualidade de serviços prestados na atenção básica. Nesse contexto, há uma grande necessidade de estudos nessa área, uma vez que mesmo com os avanços tecnológicos, ainda existe um grande desafio em qualificar a abordagem profissional, já que a qualidade e humanização vão muito além de seguir protocolos; existe a necessidade do acolhimento, saber ouvir e identificar as necessidades gerais e especificas das usuárias.
Seja bem-vind@ à leitura dos Anais da CONEXÃO Fametro 2018!
Temos o prazer de disponibilizar à comunidade acadêmica os Anais do VI Encontro de Iniciação à Pesquisa, VI Encontro de Monitoria e Iniciação Científica e VIII Encontro de Pós-graduação. Aqui estão os trabalhos que foram apresentados durante o evento, que agora são compartilhados em forma de artigos digitais. O tema da CONEXÃO Fametro 2018 foi “Inovação e Criatividade”.
Com este tema, procuramos fomentar discussões e pesquisas que abordassem as mais diversas áreas do conhecimento, demonstrando o potencial transdisciplinar e inovador dos pesquisadores, tendo a dimensão artística como principal norteador.
Tratam-se de trabalhos interessantes que podem auxiliar em estudos e pesquisas, estimular outros alunos e professores à produção científica e dar subsídios a novas práticas em campos de atuação diversos das áreas da saúde, humanas e exatas.
Esperamos que esta publicação ajude como mais uma opção de apoio à pesquisa e ao desenvolvimento científico, uma vez que concentra artigos resultantes de investigações comprometidas com a publicização do conhecimento de qualidade, a responsabilidade social e mudanças nos contextos de atuação.
Boa leitura!
Solange Sousa Pinheiro
PRESIDENTE DA COMISSÃO CIENTÍFICA
As normas de submissão de trabalhos científicos estão disponíveis nos editais no link: https://www.doity.com.br/conexao-fametro-2018/artigos
Comissão Organizadora
Ailton Pereira da Silva
Caroliny Uchoa Sales
Daniel Carlos Lopes Vasconcelos
Fernanda Rocha Dantas
Juliana Pereira Pessoa
Marina Barbosa Gouveia
Pedro Lucas Bezerra Porto
Yohrranna Kelly Almeida de Araujo
Comissão Científica
Andréa Bessa Teixeira
Anne Caroline Moraes de Assis
Isabelle Lucena Lavor
Solange Sousa Pinheiro
Para dúvidas e sugestões, envie ao e-mail conexaofametro@fametro.com.br.
Os anais da Conexão Fametro 2017 estão disponíveis no link: https://www.doity.com.br/anais/conexaofametro2017