Introdução: O vírus Zika teve sua origem em uma floresta em Uganda na África, isolado em 1947 a partir do macaco Rhesus, os três primeiros casos detectados de infecção em humanos se deram em 1950 em uma epidemia na Nigéria, a partir de então o vírus foi se disseminando pelo mundo através do seu principal vetor, o mosquito do gênero Aedes. O vírus chegou ao Brasil entre 2013 e 2014, se intensificando em 2015, tornando-se uma epidemia especialmente na região nordeste, o mosquito Aedes aegypti é especificamente o vetor do vírus no Brasil. Além da febre, a doença é acompanhada pela ocorrência de outros sintomas gerais, tais como: cefaleia, exantema, mal-estar, edema e dores articulares, por vezes intensas, os sintomas da doença tendem a surgir de 3 e 12 dias após a picada do mosquito vetor. Apesar da aparente benignidade da doença, há ocorrência de casos graves associados ao ZIKAV, onde os quadros mais severos incluem comprometimento do sistema nervoso central, como a síndrome de Guillain-Barré, mielite transversa, meningite e microcefalia. A principal forma de transmissão é através da picada do mosquito Aedes aegypti, por isso, a prevenção é feita baseada em educação em saúde e controle do vetor, como, manter o ambiente sempre limpo, eliminar criadouros de mosquito, evitar a exposição da pele durante o dia (onde eles são mais ativos) e usar repelentes e inseticidas, conforme instruções do rótulo do produto. Conforme apontam estudos científicos, o ZIKV também pode ser transmitido de forma perinatal e através de relações sexuais desprotegidas. É dada uma atenção maior e em especial às mulheres gestantes, pois conforme registros do Ministério da Saúde foram elevados os índices de casos de Microcefalia (má formação cerebral) em neonatos, sendo associados ao vírus Zika, fazendo dessa doença um caso grave de saúde pública. O diagnóstico é feito através de critérios clínicos, dando atenção aos sinais e sintomas, epidemiológicos, verificando se há casos da infecção na região onde se vive, e laboratoriais, pode ser realizado pela técnica de reação em cadeia de polimerase via transcriptase reversa (RT-PCR), onde se é identificado nos 7 primeiros dias de doença ou por pesquisa de anticorpos IgG e IgM que podem ser detectados a partir do 4º dia de doença, e persistem por 2 a 12 semanas. Um resultado com IgM negativo pode sugerir que não ocorreu infecção, mas não pode, definitivamente, descartar infecção pelo vírus Zika vírus . Importante destacar que o exame RT-PCR é realizado pelos laboratórios de referência da rede SUS. Em casos de aborto espontâneo ou natimorto possivelmente associado à infecção pelo Zika vírus é feito exames laboratoriais de RT-PCR e Imuno-Histoquímico. Objetivos: Desenvolver um instrumento de aprendizagem, lúdico e didático, a fim de explorar de forma simples informações sobre a doença causada pelo Zika vírus, visando um melhor esclarecimento e orientação, principalmente, para a população em geral, bem como para profissionais da área da saúde. Metodologia: O instrumento educacional foi elaborado com assuntos envolvendo a forma de transmissão e prevenção, definição do Zika vírus, sintomas relacionados com a doença e o diagnóstico realizado. Foi escolhido uma Revista em Quadrinhos sobre a doença causada pelo Zika vírus. A revista em quadrinhos conta a história de um grupo de acadêmicos, que com orientação de um professor, dirigem-se até a comunidade do bairro Jacarecanga, para uma ação de educação em saúde, para público em geral da comunidade, no qual eles apresentam as características da doença, em roda de conversa explicando a prevenção, transmissão, sintomas e o diagnóstico realizado, com momento para tirar dúvidas, com o objetivo de sanar todas as dúvidas da população em relação à doença e principalmente ao diagnostico laboratorial. A história em quadrinhos foi produzida por discentes do 9° semestre do Curso de Farmácia da Faculdade Metropolitana da Grande Fortaleza – FAMETRO, como parte da Atividade Prática Supervisionada (APS) das disciplinas de Hematologia II, Parasitologia, Imunologia e Toxicologia Clínicas, a fim de colaborar com o aprendizado dos discentes e posterior disseminação para a população. Resultados e Discussões: O instrumento de aprendizagem foi elaborado a partir de informações com embasamento científico e dados do Ministério da Saúde sobre o tema, descrevendo características da doença, sinais e sintomas do indivíduo acometido pelo vírus, bem como diagnóstico laboratorial e prevenção. As formas de transmissão são:
a) Transmissão vetorial: Onde o Zika vírus é transmitido ao homem pela picada mosquito do gênero Aedes contaminado.
b) Transmissão perinatal: A mãe infectada com o vírus Zika nos últimos dias de gravidez pode transmitir o vírus ao recém-nascido durante o parto.
c) Transmissão sexual: Exames demonstraram a presença do vírus em sêmen de paciente que apresentou sintomas compatíveis com infecção pelo Zika além de hematospermia possibilitando a transmissão pela via sexual.
Os sintomas do Zika vírus são semelhantes aos da Dengue, seus sintomas permanecem em torno de 7dias, onde, pode ser observada febre de 37,8ºC e 38,5ºC, dor de cabeça, dores articulares, fadiga, vômitos, náuseas, diarreia, e dor abdominal. Considerações Finais: Esse instrumento elaborado com embasamento científico é de grande utilidade, podendo se estender a outras instituições de ensino, bem como da saúde, contribuindo dessa forma para a disseminação de informações que são de suma importância para toda população, de forma simples, objetiva e didática, tentando minimizar e por fim erradicar essa doença que a tantos prejudica.
Seja bem-vind@ à leitura dos Anais da CONEXÃO Fametro 2018!
Temos o prazer de disponibilizar à comunidade acadêmica os Anais do VI Encontro de Iniciação à Pesquisa, VI Encontro de Monitoria e Iniciação Científica e VIII Encontro de Pós-graduação. Aqui estão os trabalhos que foram apresentados durante o evento, que agora são compartilhados em forma de artigos digitais. O tema da CONEXÃO Fametro 2018 foi “Inovação e Criatividade”.
Com este tema, procuramos fomentar discussões e pesquisas que abordassem as mais diversas áreas do conhecimento, demonstrando o potencial transdisciplinar e inovador dos pesquisadores, tendo a dimensão artística como principal norteador.
Tratam-se de trabalhos interessantes que podem auxiliar em estudos e pesquisas, estimular outros alunos e professores à produção científica e dar subsídios a novas práticas em campos de atuação diversos das áreas da saúde, humanas e exatas.
Esperamos que esta publicação ajude como mais uma opção de apoio à pesquisa e ao desenvolvimento científico, uma vez que concentra artigos resultantes de investigações comprometidas com a publicização do conhecimento de qualidade, a responsabilidade social e mudanças nos contextos de atuação.
Boa leitura!
Solange Sousa Pinheiro
PRESIDENTE DA COMISSÃO CIENTÍFICA
As normas de submissão de trabalhos científicos estão disponíveis nos editais no link: https://www.doity.com.br/conexao-fametro-2018/artigos
Comissão Organizadora
Ailton Pereira da Silva
Caroliny Uchoa Sales
Daniel Carlos Lopes Vasconcelos
Fernanda Rocha Dantas
Juliana Pereira Pessoa
Marina Barbosa Gouveia
Pedro Lucas Bezerra Porto
Yohrranna Kelly Almeida de Araujo
Comissão Científica
Andréa Bessa Teixeira
Anne Caroline Moraes de Assis
Isabelle Lucena Lavor
Solange Sousa Pinheiro
Para dúvidas e sugestões, envie ao e-mail conexaofametro@fametro.com.br.
Os anais da Conexão Fametro 2017 estão disponíveis no link: https://www.doity.com.br/anais/conexaofametro2017