Introdução:
Os distúrbios funcionais que ocorrem durante o envelhecimento causam instabilidade que podem ocasionar quedas em idosos, levando a dependência e incapacidade funcional. São desenvolvidos protocolos de pesquisa adequados que tem como objetivo analisar e medir mobilidade, agilidade e equilíbrio. O teste Time Up and Go (TUG) visa avaliar a mobilidade onde se verifica, em segundos, o tempo que o voluntário leva para realizar a tarefa de levantar de uma cadeira, andar por três metros, virar, voltar a cadeira novamente e sentar- se com a coluna apoiada. O tempo é marcado com o comando de partida e parado quando se retorna à posição inicial do teste. Recomenda-se o TUG com o objetivo de prevenir e controlar quedas em idosos, considerando-o um instrumento avaliativo de baixo custo e eficaz na avaliação da capacidade funcional (RUZENE 2014).
Objetivo:
Analisar a mobilidade e o risco de quedas em idosas da Unidade de Atenção Primária à Saúde (UAPS) Professor Rebouças Macambira através da aplicação do teste Time Up and Go.
Metodologia:
Trata-se de um relato de experiência, realizado durante os meses de agosto e setembro de 2018, na UAPS Professor Rebouças Macambira, localizada no município de Fortaleza-CE. A amostra foi constituída por 10 voluntárias do sexo feminino, com idade entre 60 a 84 anos. Foi realizada a aplicação do teste “Time up and go” com o objetivo principal de avaliar a mobilidade e o risco de queda presente. O critério de inclusão eram indivíduos com idade igual ou superior a 60 anos que conseguissem compreender o comando necessário para realização do teste com clareza. Foram selecionados periódicos nos idiomas português, espanhol e inglês que abordassem a realização do teste em idosas ativas e sedentárias nos últimos 10 anos. Foram excluídas teses, dissertações e trabalhos de conclusão de curso, analisando apenas ensaios clínicos.
Resultados e Discussão
Foi possível verificar que apesar do TUG ser um teste com ampla utilização ainda existem algumas divergências em relação aos seus valores. De acordo com Bischoff 2003, o resultado é considerado normal quando o indivíduo atinge o tempo de até 10 segundos, e sinal de alerta à alguma deficiência ou fragilidade funcional de 11 a 20. Quando o tempo é igual ou ultrapassa 20 segundos, o risco de quedas é evidente apresentando um enorme déficit para a mobilidade física. Na amostra foi possível constatar que metade das idosas avaliadas levaram entre 14 e 19 segundos para a realização completa da tarefa, indicando assim um significativo risco. Ao final da aplicação dos testes foi possível observar que o risco de quedas é evidente em idosas com idade mais avançada. No comparativo geral, observou-se que o grupo que apresentou menor risco tem frequência constante em atividades desenvolvidas pela UAPS, mantendo-se assíduas nas realizações dos grupos oferecidos para população. No entanto, o grupo que evidenciou o maior risco era composto por idosas sedentárias que não realizavam a prática de exercícios, afetando diretamente sua capacidade funcional.
Considerações finais
O presente relato mostrou uma alta taxa de déficit de mobilidade física, nas idosas que realizaram o teste, mostrando-se necessário uma maior atenção por parte da UAPS na promoção de ações voltadas à saúde buscando uma melhora na funcionalidade e na diminuição dos riscos de quedas, promovendo assim, uma qualidade de vida mais efetiva. Ressaltamos a importância de novos estudos, com um maior número de idosos participantes, para que se tenham resultados mais efetivos no aspecto qualitativo e quantitativo.
Seja bem-vind@ à leitura dos Anais da CONEXÃO Fametro 2018!
Temos o prazer de disponibilizar à comunidade acadêmica os Anais do VI Encontro de Iniciação à Pesquisa, VI Encontro de Monitoria e Iniciação Científica e VIII Encontro de Pós-graduação. Aqui estão os trabalhos que foram apresentados durante o evento, que agora são compartilhados em forma de artigos digitais. O tema da CONEXÃO Fametro 2018 foi “Inovação e Criatividade”.
Com este tema, procuramos fomentar discussões e pesquisas que abordassem as mais diversas áreas do conhecimento, demonstrando o potencial transdisciplinar e inovador dos pesquisadores, tendo a dimensão artística como principal norteador.
Tratam-se de trabalhos interessantes que podem auxiliar em estudos e pesquisas, estimular outros alunos e professores à produção científica e dar subsídios a novas práticas em campos de atuação diversos das áreas da saúde, humanas e exatas.
Esperamos que esta publicação ajude como mais uma opção de apoio à pesquisa e ao desenvolvimento científico, uma vez que concentra artigos resultantes de investigações comprometidas com a publicização do conhecimento de qualidade, a responsabilidade social e mudanças nos contextos de atuação.
Boa leitura!
Solange Sousa Pinheiro
PRESIDENTE DA COMISSÃO CIENTÍFICA
As normas de submissão de trabalhos científicos estão disponíveis nos editais no link: https://www.doity.com.br/conexao-fametro-2018/artigos
Comissão Organizadora
Ailton Pereira da Silva
Caroliny Uchoa Sales
Daniel Carlos Lopes Vasconcelos
Fernanda Rocha Dantas
Juliana Pereira Pessoa
Marina Barbosa Gouveia
Pedro Lucas Bezerra Porto
Yohrranna Kelly Almeida de Araujo
Comissão Científica
Andréa Bessa Teixeira
Anne Caroline Moraes de Assis
Isabelle Lucena Lavor
Solange Sousa Pinheiro
Para dúvidas e sugestões, envie ao e-mail conexaofametro@fametro.com.br.
Os anais da Conexão Fametro 2017 estão disponíveis no link: https://www.doity.com.br/anais/conexaofametro2017