O Ciclo de Vida das Organizações (CVO) é um fenômeno cíclico e não se comporta, necessariamente, em uma sequência linear, pois uma organização pode reiniciar o seu ciclo sem chegar à morte, determinando a capacidade de se manter viva, tornando-se longeva. A longevidade é o sucesso em longo prazo, com elevado desempenho organizacional associado à persistência. A base da longevidade está diretamente ligada às estratégias selecionadas pelas empresas, explicando a relação entre o sucesso e o fracasso empresarial, relativo ao ambiente e a habilidade de seus gestores transporem desafios (BRITO; VASCONCELOS, 2005; LEONE, 1999; OLIVEIRA et al, 2013).
Apenas uma pequena parte das Micro e Pequenas Empresas (MPE’s) em operação no Brasil ultrapassam os primeiros quatro anos de atividades (DIEESE, 2008). A qualidade do empreendedorismo de um país pode ser verificada por meio da taxa de descontinuidade dos negócios que, em 2007, foi de 6,5%, reduzindo-se para 3,5%, em 2008. Em 2007, o Brasil ocupava a 9ª colocação no ranking de descontinuidade, tendo caído para a 23ª, em 2008 Global Entrepreneurship Monitor (2011). Existe, contudo, pouca atenção na literatura acadêmica nacional sobre as questões acerca da expectativa de vida organizacional e longevidade, em que a maior parcela se dedica às pesquisas sobre mortalidade, sendo estimuladas por organismos empresariais, como o Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (SEBRAE), o que limita o cerne das pesquisas somente sobre mortalidade de MPEs brasileiras.
Por apresentarem, na sua maioria, baixo nível gerencial as MPEs apresentam dificuldades em alcançarem os objetivos e desafios do cotidiano, praticando, assim, uma gestão informal e convivendo com a escassez de recursos. Segundo o Sebrae (2011), nove em cada dez empresas no Brasil são classificadas como micro ou pequena empresa.
Assim, o presente estudo apresenta como questão de pesquisa: como a Lei Complementar 155/2016 pode impactar no CVO de empresas optantes pelo simples nacional no segmento de comércio e serviço?
Como a estratégia e o modelo de gestão estão ligados ao processo de planejamento, o objetivo geral do estudo consiste em investigar a relação existente entre a Lei Complementar 155/2016 no CVO e no processo de planejamento empresarial de empresas optantes pelo simples nacional, no segmento de comércio e de serviço.
O estudo quanto ao problema apresenta-se de forma descritiva tendo como objetivo principal a descrição das características de determinada amostra ou fenômeno (COLLIS; HUSSEY, 2005). Procedeu-se um levantamento bibliográfico, desenvolvida a partir de materiais já elaborados, constituídos por livros, teses, dissertações, periódicos científicos e site de eventos científicos (RUIZ, 2002).
Foi realizada pesquisa documental a partir de materiais que ainda não receberam tratamento analítico, ou que ainda podem ser reelaborados de acordo com o objetivo do trabalho. Utilizou-se as disposições da Lei Complementar 155/2016 para compreender a relação do CVO no processo de planejamento empresarial, comparando os faturamentos do primeiro semestres dos anos 2017 e 2018, respectivamente (DENZIN; LINCOLM, 2006).
As unidades objeto de estudo são duas empresas optantes pelo simples nacional. Para não revelar a razão social dos sujeitos da pesquisa, foi atribuída às denominações de Empresa A, atuante na distribuição de ferro para construção, tubos e perfis; e Empresa B, oferecendo serviços voltados ao atendimento do varejo no segmento de automação comercial.
De posse dos valores de faturamento e imposto a recolher, desenvolveu-se uma análise descritiva dos dados obtidos, identificando-se as variações no valor do imposto em virtude das novas determinações da Lei Complementar 155/16, segundo as características de cada empresa.
O Simples não realizou ainda o seu intento de favorecer a emergência e o crescimento das MPEs brasileiras. Ademais, o Simples é relevante apontar que o regime somente lhes garante privilégios enquanto permaneçam na condição de pequenas empresas, pois a partir do momento que ultrapassam o limite de receita previsto, as empresas são obrigadas a migrar para o lucro presumido ou real, e em cujo regime de tributação depara-se com alíquotas superiores. No entanto, as constatações aqui apresentadas não têm o intuito de negativar a importância do Simples para as micro e pequenas.
O processo de planejamento contempla um conjunto de análises e escolhas capazes de aumentar a probabilidade de uma empresa escolher uma estratégia que gere vantagens competitivas. Para tanto, a empresa deve realizar análises tanto internas quanto externas, a fim de identificar as forças e as fraquezas da organização, assim como oportunidades e ameaças do ambiente competitivo. Estas análises remetem à compreensão do modelo estrutura-conduta-desempenho.
Seja bem-vind@ à leitura dos Anais da CONEXÃO Fametro 2018!
Temos o prazer de disponibilizar à comunidade acadêmica os Anais do VI Encontro de Iniciação à Pesquisa, VI Encontro de Monitoria e Iniciação Científica e VIII Encontro de Pós-graduação. Aqui estão os trabalhos que foram apresentados durante o evento, que agora são compartilhados em forma de artigos digitais. O tema da CONEXÃO Fametro 2018 foi “Inovação e Criatividade”.
Com este tema, procuramos fomentar discussões e pesquisas que abordassem as mais diversas áreas do conhecimento, demonstrando o potencial transdisciplinar e inovador dos pesquisadores, tendo a dimensão artística como principal norteador.
Tratam-se de trabalhos interessantes que podem auxiliar em estudos e pesquisas, estimular outros alunos e professores à produção científica e dar subsídios a novas práticas em campos de atuação diversos das áreas da saúde, humanas e exatas.
Esperamos que esta publicação ajude como mais uma opção de apoio à pesquisa e ao desenvolvimento científico, uma vez que concentra artigos resultantes de investigações comprometidas com a publicização do conhecimento de qualidade, a responsabilidade social e mudanças nos contextos de atuação.
Boa leitura!
Solange Sousa Pinheiro
PRESIDENTE DA COMISSÃO CIENTÍFICA
As normas de submissão de trabalhos científicos estão disponíveis nos editais no link: https://www.doity.com.br/conexao-fametro-2018/artigos
Comissão Organizadora
Ailton Pereira da Silva
Caroliny Uchoa Sales
Daniel Carlos Lopes Vasconcelos
Fernanda Rocha Dantas
Juliana Pereira Pessoa
Marina Barbosa Gouveia
Pedro Lucas Bezerra Porto
Yohrranna Kelly Almeida de Araujo
Comissão Científica
Andréa Bessa Teixeira
Anne Caroline Moraes de Assis
Isabelle Lucena Lavor
Solange Sousa Pinheiro
Para dúvidas e sugestões, envie ao e-mail conexaofametro@fametro.com.br.
Os anais da Conexão Fametro 2017 estão disponíveis no link: https://www.doity.com.br/anais/conexaofametro2017