A IMPORTÂNCIA DO MONITORAMENTO DA SÍFILIS NA GRAVIDEZ: RELATO DE EXPERIÊNCIA

A IMPORTÂNCIA DO MONITORAMENTO DA SÍFILIS NA GRAVIDEZ: RELATO DE EXPERIÊNCIA

• Autor
• Hélen Parente Peixoto
• Co-autores
• Izabel Cristina de Souza , Samara Rocha da Costa , Francisca Michaeli de Moura , Dayani Peixoto Macedo , Ana Lúcia Araújo Gomes
• Resumo

• A IMPORTÂNCIA DO MONITORAMENTO DA SÍFILIS NA GRAVIDEZ: RELATO DE EXPERIÊNCIA

   

  Hélen Parente Peixoto ¹

  Izabel Cristina de Souza³

  Samara Rocha da Costa²

  Francisca Michaeli de Moura ³

  Dayani Peixoto Macedo²

  Ana Lúcia Araújo Gomes⁴

   

  INTRODUÇÃO: No Brasil a taxa de incidência de sífilis em gestantes no ano de 2017 foi de 15.235 casos, desses 29,5% no último trimestre gestacional e 52,3% na faixa etária de 20 a 29 anos. Nesses mesmo período a sífilis primária e latente apresentaram maior predominância (BRASIL,2017). Essa idade gestacional corrobora com a epidemiologia de sífilis congênita no Ceará no ano de 2017, onde foram detectados 706 casos (CEARÁ,2017). Doença de notificação compulsória, o enfermeiro deve estar apto a reconhecer os sinais e sintomas, interpretar os resultados de exames que auxiliam no diagnóstico, bem como acompanhar a evolução do tratamento prescrito. Quebrar a cadeia epidemiológica com o tratamento efetivos dos parceiros se constitui um grande problema de saúde pública CAMPOS(2010). OBJETIVO: Relatar a experiência de internas do curso de graduação em enfermagem, frente a assistência pré-natal de gestantes com sífilis.  METODOLOGIA: Imersas no cenário de prática há cerca de 30 dias, as internas de enfermagem seguiram a programação de atendimento as condições crônicas previstas em uma UAPS localizada na Barra do Ceará/Fortaleza cuja população tem um baixo IDH(X). Mediante agendamento programado as gestantes seguem um fluxo de atendimento em consultas médicas e de enfermagem, de forma que na primeira consulta sejam solicitados exames de rotina, incluindo teste treponêmico e não treponêmico para diagnóstico de sífilis gestacional, bem como realização de teste rápido para agilidade diagnóstica. Tendo em vista resultado positivo para síflis as gestantes e seus parceiros são submetidas ao tratamento com penicilina e garantido retorno para realização de exames de seguimento. RESULTADOS E DISCUSSÃO: Durante esse processo foi observado que alguns aspectos impactam negativamente a cura, aumentando as possibilidades de síflis congênita como: as equipes incompletas dificultando o acesso das gestantes no primeiro trimestre, o tratamento injetável, doloroso e sequencial, a não adesão dos parceiros principalmente aqueles em sistema prisional, os conflitos de território que impedem as gestantes de frequentar o pré-natal em sua área de abrangência, a baixa escolaridade que compromete a adesão terapêutica, a demora na marcação, realização e resultado de exames, comportamentos de riscos ( não uso do preservativo durante as relações sexuais com parceiro não tratado) favorecendo a recontaminação, a dificuldade de referenciar gestantes com maiores complicações ao pré-natal de risco. A busca ativa por parte dos ACS favorece o acompanhamento sistemático e regular, garantindo um canal de comunicação família-Equipe, com garantias de assistência à criança até os 24 meses de vida. CONCLUSÃO:  Foi possível constatar a relevância das intervenções e registros ( notificação) durante a consulta de pré-natal a gestante com sífilis, estendendo esse cuidado aos parceiros e família ( principalmente a criança), e da importância da Rede Assistencial de Saúde no processo educativo para a sexualidade com responsabilidade, para o diagnóstico precoce, para o tratamento efetivo, para o acompanhamento dos casos, mediante um  olhar ampliado, voltado para as vulnerabilidades xxxx  as gestantes estão expostas de forma a impactar positivamente esses indicadores.

  DESCRITORES: Saúde da Mulher; Sífilis; Gestação.

   

  REFERÊNCIAS:

  BRASIL; Boletim Epidemiológico-Sífilis 2017. Secretaria de Vigilância em Saúde, vol 48,N° 16; 2017.

  BRASIL; Indicadores de Sífilis.Fonte:MS/SVS/Departamento IST, AIDS e Hepatites Virais; 2017.

  BRUNNER. L; STUDDARTH. D; Tratado de enfermagem médico-cirúrgica, volume 2. Janice I. Hinkle, kerry H. Cheever; tradução Patrícia Lydie Vouex ... [et al]. 13° ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2016.

  CAMPOS ALA, Araújo MAL, Melo SP, Gonçalvez MLC. Epidemiologia da sífilis gestacional em Fortaleza, Ceará, Brasil: um agravo sem controle. Caderno de Saúde Pública, 2010; 26(9).

  CEARÁ; Boletim Epidemiológico Sífilis.Núcleo de Vigilância Epidemiológica. Secretária de Saúde do Governo do Estado do Ceará; 2017

   

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  1.       Acadêmica do 9^° semestre do curso de graduação em Enfermagem da Faculdade Metropolitana da Grande Fortaleza (Fametro).

  2.       Acadêmica 9^° semestre do curso de graduação em Enfermagem da Fametro.

  3.       Acadêmica de Enfermagem da Universidade Federal do Ceará (UFC).

  4.       Enfermeira. Doutora em Promoção da Saúde pela UFC. Docente Titular da Fametro. Enfermeira servidora pública da Prefeitura de Fortaleza.

   

• Palavras-chave
• Saúde da Mulher; Sífilis; Gestação.
• Modalidade
• Pôster
• Área Temática
• PROCESSO DE CUIDAR