A IMPORTÂNCIA DO ACOMPANHAMENTO À PESSOA ASMÁTICA: RELATO DE EXPERIÊNCIA

A IMPORTÂNCIA DO ACOMPANHAMENTO À PESSOA ASMÁTICA: RELATO DE EXPERIÊNCIA

• Autor
• Hélen Parente Peixoto
• Co-autores
• Francisca Michaeli de Moura , Izabel Cristina de Souza , Samara Rocha da Costa , Ana Lúcia Araújo Gomes
• Resumo

• A IMPORTÂNCIA DO ACOMPANHAMENTO À PESSOA ASMÁTICA: RELATO DE EXPERIÊNCIA

   

  Hélen Parente Peixoto

  Francisca Michaeli de Moura

  Izabel Cristina de Souza

  Samara Rocha da Costa

  Ana Lúcia Araújo Gomes

   

  INTRODUÇÃO: A asma configura-se como um problema de saúde pública, caracterizando-se por uma inflamação crônica das vias aéreas inferiores, estando relacionada com uma hiperresponsividade das mesmas, que acaba limitando o fluxo de ar. Essa inflamação leva o paciente a ter episódios de tosse, opressão torácica, sibilos e dispneia. De acordo com a Organização Mundial da Saúde, no ano de 2015 houve 383 mil mortes por asma, em que a maioria desses casos ocorrem em países de baixa e média baixa renda. Segundo dados do Sistema de Informações Hospitalares (SIH), no ano de 2014 ocorreram 105 mil internações pelo agravo. A prevalência global no Brasil é de 10%, estimando-se que existam cerca de 20 milhões de asmáticos no país. Na cidade de Fortaleza, estudo conduzido em 2011 com o público adolescente entre 13 e 14 anos composto por 3.015 sujeitos, revelou que 682 (22,62%) adolescentes possuíam asma. Diante da alta prevalência de pessoas acometidas por asma em Fortaleza, em 1996 foi criado o Programa de Atenção Integral à Criança com Asma de Fortaleza (PROAICA), em uma parceira da Universidade Federal do Ceará (UFC), Sociedade Cearense de Pneumologia e Cirurgia Torácica (SCPCT) e Secretaria Municipal de Saúde (SMS). Prestando seu atendimento à crianças e adultos.  O Programa tem uma proposta multidisciplinar, ocorrendo em algumas unidades de atenção básica por profissionais que se voluntariam a participar e que foram capacitados anteriormente. OBJETIVO: Relatar experiência vivenciada durante uma consulta de enfermagem ao paciente asmático. METODOLOGIA: Estudo descritivo do tipo relato de experiência sobre uma consulta de enfermagem realizada ao paciente asmático em uma unidade de atenção primária na cidade de Fortaleza, Ceará, no mês de agosto de 2018.  RESULTADOS E DISCUSSÃO: Como já citado, o PROAICA surgiu com o propósito de acompanhar crianças que são acometidas pela asma, mas que posteriormente os adultos foram incluídos. Para o acompanhamento pelo programa faz-se necessário o diagnóstico médico para asma. Em cada atendimento os pacientes são avaliados quanto as manifestações clínicas e os parâmetros de controle da asma estabelecidos pela Sociedade Brasileira de Pneumologia e Tisiologia (SBPT) de 2017que são: internações, visitas médicas não programadas, despertares noturnos com sintomas, uso de broncodilatadores de ação curta e absenteísmo laboral/escolar. Após avaliação dos parâmetros de controle o paciente é submetido a avaliação da adesão terapêutica e uso correto dos dispositivos inalatórios. Dessa forma o paciente pode ser classificado da seguinte forma: asma controlada, asma parcialmente controlada e asma não controlada. A cada classificação avalia-se os aspectos associados ao não alcance do controle efetivo da asma como não eficácia terapêutica, não adesão ao tratamento, uso incorreto dos dispositivos, técnica inalatória incorreta, subdoses, gatilhos ambientais e comorbidades associadas não tratadas como rinite, refluxo gastroesofágico e obesidade. No que diz respeito a alta do paciente, são situações diferentes no que se diz respeito às crianças e adultos. Como critério de alta do programa para as crianças, deve-se considerar que a mesma pode suspender o tratamento quando estiver no mínimo um ano assintomática e ter alcançado a dose mínima do medicamento, orientando que a asma pode reincidir, à medida que a mesma não tem cura.  No que concerne ao adulto, não é recomendado interromper o tratamento, somente manter a dose mínima para controle. Vale ressaltar que em casos em que o controle não é alcançado, esses pacientes devem ser encaminhados a um especialista. CONCLUSÃO: Diante do elevado número de pessoas que são acometidas pela asma e da alta mortalidade, percebe-se a importância da existência de um programa que realize o acompanhamento, principalmente, nas unidades de atenção básica. Garantindo dessa forma, que esses pacientes serão sempre reavaliados e que receberão o tratamento e as orientações necessários. Verifica-se a importância da ampliação desse programa para outras cidades, e de que este faça parte das atividades desenvolvidas nas unidades de atenção primária. Sendo que o manejo adequado da asma permite uma maior qualidade de vida dessas pessoas. Dessa forma, é necessário a capacitação de um maior número de profissionais, fornecendo dessa maneira um atendimento integral e de alta qualidade.

  Palavras-chave: Asma; PROAICA; Enfermagem

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