INTRODUÇÃO: De acordo com a Revista da Associação Brasileira de Estomaterapia, a estomia é definida com uma abertura ou boca através de uma causa cirúrgica que pode ser temporária ou permanente. Esse procedimento é feito quando há uma necessidade de desviar o trânsito da alimentação e/ou eliminações. Conforme a localização da estomia no corpo essa recebe uma denominação específica, tais como: traqueia (traqueostomia), íleo (ileostomia) e cólon (colostomia). Nas pessoas colostomizadas e ileostomizadas, a neoplasia é a maior responsável devido às condições clínicas que está relacionada com as patologias benignas ou malignas, no entanto, a confecção da estomia poderá acometer pessoas por traumas de arma branca e de fogo e por cirurgias gastroenterológicas. Reconhecendo a importância desses acometimentos e a necessidade do conhecimento do aluno de graduação de enfermagem para acompanhar esses pacientes, sentiu-se a necessidade de relatar o caso clínico de uma paciente ileostomizada no domicílio. OBJETIVOS: Relatar a experiência sobre os cuidados de enfermagem a pessoa com estomia intestinal acompanhada no domicílio. METODOLOGIA: Trata-se de um estudo descritivo, do tipo relato de experiência, sobre os cuidados de enfermagem a uma pessoa com estomia intestinal acompanhada no domicílio residente no município de Fortaleza-Ceará-Brasil, durante o mês de junho a agosto de 2017. Por se tratar de um relato de acompanhamento de caso clínico da pessoa estomizada, não foi necessário enviar para o Comitê de Ética em Pesquisa. RESULTADOS E DISCUSSÃO: Os resultados foram divididos em quatro partes: 1) Anamnese, 2) Exame Físico, 3) Cuidados de Enfermagem e 4) Dificuldades e Facilidades para o acompanhamento da paciente e da família. 1) Na anamnese, os dados foram: paciente do sexo feminino, 47 anos, residente em Fortaleza, trabalha em uma empresa de locação de carros na mesma cidade, tem quatro filhos, que submeteu a Ressecção de tumor intestinal por adenocarcinoma de intestino delgado com a retirada 50 cm do mesmo ficando internada durante 1 mês na instituição hospitalar. O tipo de estomia confeccionada foi uma ileostomia, na qual caracteriza-se pela exteriorização do íleo através da parede abdominal, com o objetivo de eliminação intestinal. 2) No Exame Físico a ileostomia apresenta-se com formato arredondada, cor vermelha viva, medindo aproximadamente 3 cm de largura com 4 cm de altura, drenando efluente líquido e esverdeado. Apresentou em alguns momentos dermatite de pele periestoma. 3) Nos Cuidados de Enfermagem foram realizadas orientações sobre: autocuidado, troca e remoção da bolsa de ileostomia, higiene e secagem da pele ao redor do estoma, corte do dispositivo coletor, esvaziamento da bolsa, alimentação, uso de produtos para a proteção da pele, dos quais epitelizaram a área de dermatite, prevenção de complicações e a capacitação da família para ajudar no enfrentamento temporário da estomia. 4) Nas Dificuldades e Facilidades para o acompanhamento da paciente e da família, observou-se que a maior dificuldade estava relacionada com o convívio social, pois o uso das bolsas coletoras traz desconforto quanto a eliminação de gases, de odores e de possíveis vazamentos. Quanto às facilidades, pode-se observar que a paciente sentiu-se mais segura e protegida com o apoio que recebeu dos familiares, favorecendo a recuperação precoce das complicações e melhorando a qualidade de vida. CONCLUSÃO: Com a experiência dos cuidados prestados percebeu-se pouco conhecimento da enfermagem e dos familiares sobre os cuidados com a ileostomia, pois a sua confecção pode trazer impacto negativo na vida da paciente tanto social quanto psicológico, e após a assistência, percebeu-se que essas dificuldades foram reduzidas gradativamente conforme a adaptação. Os cuidados de enfermagem constitui-se uma ferramenta importante por meio das orientações para o autocuidado, pois estabelece uma relação de confiança entre o paciente, família e profissional, possibilitando uma troca de conhecimentos. Não podendo esquecer-se do importante apoio da família para a reintegração social e enfrentamento da estomia.
Seja bem-vind@ à leitura dos Anais da CONEXÃO Fametro 2018!
Temos o prazer de disponibilizar à comunidade acadêmica os Anais do VI Encontro de Iniciação à Pesquisa, VI Encontro de Monitoria e Iniciação Científica e VIII Encontro de Pós-graduação. Aqui estão os trabalhos que foram apresentados durante o evento, que agora são compartilhados em forma de artigos digitais. O tema da CONEXÃO Fametro 2018 foi “Inovação e Criatividade”.
Com este tema, procuramos fomentar discussões e pesquisas que abordassem as mais diversas áreas do conhecimento, demonstrando o potencial transdisciplinar e inovador dos pesquisadores, tendo a dimensão artística como principal norteador.
Tratam-se de trabalhos interessantes que podem auxiliar em estudos e pesquisas, estimular outros alunos e professores à produção científica e dar subsídios a novas práticas em campos de atuação diversos das áreas da saúde, humanas e exatas.
Esperamos que esta publicação ajude como mais uma opção de apoio à pesquisa e ao desenvolvimento científico, uma vez que concentra artigos resultantes de investigações comprometidas com a publicização do conhecimento de qualidade, a responsabilidade social e mudanças nos contextos de atuação.
Boa leitura!
Solange Sousa Pinheiro
PRESIDENTE DA COMISSÃO CIENTÍFICA
As normas de submissão de trabalhos científicos estão disponíveis nos editais no link: https://www.doity.com.br/conexao-fametro-2018/artigos
Comissão Organizadora
Ailton Pereira da Silva
Caroliny Uchoa Sales
Daniel Carlos Lopes Vasconcelos
Fernanda Rocha Dantas
Juliana Pereira Pessoa
Marina Barbosa Gouveia
Pedro Lucas Bezerra Porto
Yohrranna Kelly Almeida de Araujo
Comissão Científica
Andréa Bessa Teixeira
Anne Caroline Moraes de Assis
Isabelle Lucena Lavor
Solange Sousa Pinheiro
Para dúvidas e sugestões, envie ao e-mail conexaofametro@fametro.com.br.
Os anais da Conexão Fametro 2017 estão disponíveis no link: https://www.doity.com.br/anais/conexaofametro2017