A adesão ao tratamento ocorre através da postura do paciente em seguir as orientações necessárias para controlar ou curar a sua doença. Porém nem sempre isso acontece. Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), até 60% dos pacientes com diabetes e 40% dos pacientes hipertensos seguem as prescrições. A adesão terapêutica sofre influência de fatores socioeconômicos, educacionais, culturais, ligados ao tratamento ou ao paciente (sua compreensão sobre os benefícios do tratamento e até aceitação de mudanças no seu estilo de vida por exemplo). A não-adesão aumenta o risco de não controle ou resolução do problema de saúde, apesar de, em alguns não haver sintomas claros. O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) revelou em 2013 que a deficiência visual foi a mais representativa, atingindo 3,7% da população brasileira. Dentre esses, 3,3% adquiriram por doença ou acidente e 0,4% possuem a deficiência visual desde o nascimento. Objetivos: Desenvolver como tecnologia educacional, um instrumento que permita melhorar a adesão ao tratamento medicamentoso de população com elevado grau de deficiência visual. Metodologia: Trata-se de um estudo descritivo do tipo relato de experiência, desenvolvido entre os meses de fevereiro e abril de 2018, sugestivo sobre a adequação da farmacoterapia para pacientes polimedicados com deficiência visual atendidos no ambulatório no Serviço de Cuidados Farmacêuticos ofertado pela Clínica Escola da Faculdade Metropolitana da Grande Fortaleza – FAMETRO. Resultados e Discussão: Na primeira fase é realizado o atendimento do paciente pelo Farmacêutico juntamente com dois alunos de graduação em Farmácia. Nesse momento é apresentado para o paciente o serviço a ser prestado e, em seguida, é realizado uma entrevista com coleta de dados pessoais, hábitos de vida, problemas de saúde, resultados de exames realizados, terapia medicamentosa utilizada, avaliação da adesão a terapia medicamentosa e aferição de parâmetros clínicos e agendamento do atendimento de retorno com um período de duas semanas. Terminado o primeiro atendimento, o Farmacêutico e os acadêmicos realizam uma análise situacional do paciente quanto as suas necessidades de saúde, nível de compreensão e preocupação com a doença, limitações de acesso a saúde e elaboram um plano de Cuidados Farmacêuticos. Percebendo-se que o paciente não consegue cumprir a posologia de seus medicamentos quanto ao intervalo entre as doses do mesmo medicamento e, até mesmo, usar o medicamento de modo errado por não conseguir diferenciá-lo dos demais, oferta-se uma tabela posológica sensorial. É construído uma tabela posológica sensorial conforme os hábitos diários do paciente. É utilizado material em alto-relevo indicativo do período do dia como: amanhecer, café da manhã, almoço, jantar e anoitecer. Cada medicamento recebe diferente cobertura em alto-relevo que também é reproduzido na tabela posológica sensorial no período do dia em que o medicamento deve ser utilizado. É realizado acompanhamento semanal e aferição de parâmetros clínicos buscando avaliar resultados da intervenção e ao obter uma melhora no controle da doença o paciente passa a ser monitorado semestralmente ou sempre que houver intervenções médicas quanto a terapia farmacológica. Considerações finais: Uma vez que a população com deficiência visual apresenta outras morbidades, sendo necessário uso de medicamentos para controle ou cura de doenças, o desenvolvimento da tabela posológica sensorial proporciona uma maior adesão terapêutica a essa população.
Seja bem-vind@ à leitura dos Anais da CONEXÃO Fametro 2018!
Temos o prazer de disponibilizar à comunidade acadêmica os Anais do VI Encontro de Iniciação à Pesquisa, VI Encontro de Monitoria e Iniciação Científica e VIII Encontro de Pós-graduação. Aqui estão os trabalhos que foram apresentados durante o evento, que agora são compartilhados em forma de artigos digitais. O tema da CONEXÃO Fametro 2018 foi “Inovação e Criatividade”.
Com este tema, procuramos fomentar discussões e pesquisas que abordassem as mais diversas áreas do conhecimento, demonstrando o potencial transdisciplinar e inovador dos pesquisadores, tendo a dimensão artística como principal norteador.
Tratam-se de trabalhos interessantes que podem auxiliar em estudos e pesquisas, estimular outros alunos e professores à produção científica e dar subsídios a novas práticas em campos de atuação diversos das áreas da saúde, humanas e exatas.
Esperamos que esta publicação ajude como mais uma opção de apoio à pesquisa e ao desenvolvimento científico, uma vez que concentra artigos resultantes de investigações comprometidas com a publicização do conhecimento de qualidade, a responsabilidade social e mudanças nos contextos de atuação.
Boa leitura!
Solange Sousa Pinheiro
PRESIDENTE DA COMISSÃO CIENTÍFICA
As normas de submissão de trabalhos científicos estão disponíveis nos editais no link: https://www.doity.com.br/conexao-fametro-2018/artigos
Comissão Organizadora
Ailton Pereira da Silva
Caroliny Uchoa Sales
Daniel Carlos Lopes Vasconcelos
Fernanda Rocha Dantas
Juliana Pereira Pessoa
Marina Barbosa Gouveia
Pedro Lucas Bezerra Porto
Yohrranna Kelly Almeida de Araujo
Comissão Científica
Andréa Bessa Teixeira
Anne Caroline Moraes de Assis
Isabelle Lucena Lavor
Solange Sousa Pinheiro
Para dúvidas e sugestões, envie ao e-mail conexaofametro@fametro.com.br.
Os anais da Conexão Fametro 2017 estão disponíveis no link: https://www.doity.com.br/anais/conexaofametro2017