O objetivo desse estudo é verificar através de uma revisão bibliográfica a eficácia da radiofrequência no envelhecimento cutâneo. É feito um levantamento bibliográfico com artigos científicos em sites como Google Scholar, Scielo e etc. A pesquisa mostrou que a radiofrequencia apresenta resultados satisfatórios, mostrando um papel importante na melhora da flacidez. O envelhecimento da pele é um processo inevitável de acumulação de mudanças físicas, psicológicas e sociais ao longo do tempo e é praticamente irreversível (GUPTA, 2010). O envelhecimento cutâneo pode ser intrínseco ou cronológico, aquele que surge com a idade influenciado por fatores genéticos, ou extrínseco ou intrínseco aquele que é influenciado por fatores externos tal como o tabaco, poluição, hábitos de vida e predominantemente, a radiação solar (fotoenvelhecimento). (CANCELA, 2007; LACRIMANTI, 2008; TEIXEIRA, 2007). Sendo assim a procura de dispositivos seguros e eficazes para moldar o corpo de forma não invasiva é uma constante. Muitas modalidades têm sido desenvolvidas para atingir adipócitos, incluindo a radiofrequência (RF) (Weiss et al., 2013). Diante disso Carvalho et al. (2011) e Latronico et al. (2010) descrevem a RF com uma emissão de correntes elétricas de alta frequência que formam um campo eletromagnético que gera calor quando em contato com os tecidos corporais. Este tipo de calor alcança os tecidos mais profundos gerando energia e forte calor sobre as camadas mais profundas da pele, mantendo a superfície resfriada e protegida, ocasionando a contração das fibras colágenas existentes e estimulando a formação de novas fibras, tornando-as mais eficientes na sustentação da pele (CARVALHO et al., 2011). Por isso, o objetivo do tratamento com RF é elevar a temperatura tecidual a alcançar 40 a 42º C, que é tido como a temperatura ideal para se desencadear uma cascata de reações fisiológicas, que constituem no aumento da circulação arterial, vasodilatação, melhorando assim a oxigenação e a acidez dos tecidos (LATRONICO et al., 2010; RONZIO, 2009). O objetivo desse estudo é verificar, através de uma revisão bibliográfica, a eficácia da radiofrequência no envelhecimento cutâneo para flacidez. Trata-se de um estudo de revisão de literatura, utilizando-se de estratégias de busca em base de dados computadorizados. Para a busca foi feito um levantamento bibliográfico com artigos científicos e busca de dados em sites como Google Scholar, PubMed e Scielo. Utilizando os descritores em português e inglês: "envelhecimento cutâneo", "radiofrequência", "radiofrequência e flacidez facial", “radiofrequency”, “skin aging”. Clinicamente, os sinais da pele intrinsecamente envelhecida raramente manifestado antes da idade de 70 anos são a palidez e o ressecamento, caracterizados por rugas finas. Extrinsecamente a pele envelhecida apresenta rugas grossas com maior flacidez, especialmente nas áreas de mudança dinâmica devido a expressão facial como na região periorbital (CARVALHO et al., 2011). O termo flacidez refere-se à qualidade ou estado de flácido, ou seja, mole, frouxo, lânguido. Esta situação pode apresentar-se de duas formas distintas: a flacidez muscular e tissular. É muito comum que os dois tipos apareçam associados, piorando o aspecto das partes do corpo afetadas. A falta de exercícios físicos é considerada a maior causa da flacidez, pois quando os músculos não são solicitados adequadamente, suas fibras atrofiam-se (LOPES S.C.; BRONGHOLI K, 2009). Já Milani et al. (2006), entendem que a flacidez é decorrente de atrofia de tecido, ficando este com aspecto de frouxo, afetando em separado pele e músculos. Pode ser consequência do envelhecimento fisiológico, onde há perda gradativa de massa muscular. Sendo assim a procura de dispositivos seguros e eficazes para moldar o corpo de forma não invasiva é uma constante. Uma onda eletromagnética que gera calor por conversão, compreendida entre 30 e 300 MHz, sendo a freqüência mais utilizada entre 0,5 e 1,5 MHz. Este tipo de calor alcança os tecidos mais profundos gerando energia e forte calor sobre as camadas mais profundas da pele, mantendo a superfície resfriada e protegida, ocasionando a contração das fibras colágenas existentes e estimulando a formação de novas fibras, tornando-as mais eficientes na sustentação da pele (NUNES, 2010). Aumentos maiores de temperatura e manutenção em 40°C durante todo o período de aplicação da radiofreqüência diminuem a extensibilidade e aumenta a densidade do colágeno, conseguindo assim melhorar a flacidez da pele (CARVALHO; SILVA, 2011). Após o aquecimento observa-se a hiperemia como consequência da vasodilatação e o aumento do fluxo de sangue, que como efeito aumenta a circulação periférica e assim melhora a oxigenação do tecido por meio de corrente sanguínea. No tratamento, com a RF tem-se como objetivo elevar a temperatura do tecido em torno de 40ºC a 43ºC, nesta temperatura, além de ocorrer a vasodilatação, também ocorre a estimulação para a formação de novas fibras de colágeno (BORGES, 2010). A radiofrequência bipolar melhora a flacidez da pele após o tratamento, avaliando histologicamente em pacientes que foram tratadas de um lado da face e o lado não tratado serviu como controle. Através de estudos, Kim et al. (2013) utilizando a radiofrequência mono e bipolar avaliou a eficácia para rugas 8 periorbitais, em 3 sessões, com intervalos de 3 semanas e demonstrou uma melhora significativa (TANAKA et al., 2014). A radiofrequência monopolar demonstrou uma melhora global na aparência do rosto e pescoço em relação a flacidez e rugas , sugerido pela satisfação geral do paciente. Foram realizados intervalos de um mês e depois de 120 dias uma segunda sessão (CHIPPS et al., 2013). O tempo de realização de análise de dados referente a radiofrequência não se deve limitar apenas a dados colhidos imediatamente após o tratamento, pelo fato de que o colágeno continua o processo de reestruturação até mesmo 6 meses após o estímulo térmico na temperatura adequada. As possíveis reações transitórias após o uso da radiofrequência são: sensação de calor e desconforto, eritema, equimose, dor e sensação de estiramento da pele (CARVALHO et al., 2011). O presente estudo mostrou que a radiofrequência apresenta resultados satisfatórios para o tratamento de flacidez, mostrando um papel importante na melhora da flacidez, no aumento da produção de colágeno e consequentemente uma pele mais jovem.