No Brasil, o setor de construção civil é uma tendência crescente nos aspectos mercadológico, crescimento econômico e importância na organização do espaço nas cidades dos estados brasileiros (OLIVEIRA, V., 2012; OLIVEIRA, E., 2012).
Nesse sentido, o Brasil tomou várias medidas econômicas anticíclicas depois da crise imobiliária norte-americana em 2008 para a retomada do crescimento do setor de construção civil brasileiro. Dentre essas medidas esteve a expansão da oferta de crédito para recuperar o desenvolvimento do setor e o objetivo de reduzir o déficit habitacional no país via banco Caixa Econômica Federal (BANCO NACIONAL DE DESENVOLVIMENTO ECONÔMICO E SOCIAL, 2011).
Assim, a busca por origem de recursos com menor custo de capital e um maior número de companhias do setor imobiliário aderindo à modalidade do tipo novo mercado (NM) de governança corporativa da Brasil Bolsa Balcão (B3) ficou atrativo para o mercado imobiliário entre 2002 e 2008.
Todavia aos incentivos de crédito e retomada do crescimento econômico do setor de construção civil brasileiro no ano de 2016 a companhia VIVER formulou seu pedido de recuperação judicial. Dentre as razões para a crise da companhia, pode-se destacar a queda drástica do quociente de velocidade capital próprio (LOPES SÁ, 2011).
Salienta-se que com a implementação dos padrões internacionais de contabilidade no Brasil em 2008 aumentaram significativamente o Lucro e o Patrimônio Líquido das empresas (SANTOS 2015).
Assim, o objetivo geral nesse estudo é analisar a representatividade da origem dos recursos patrimoniais de empresas da construção imobiliárias listadas na B3. Os objetivos específicos seguem a seguinte sequência:
· Calcular três quocientes contábeis de origem de recursos pelos dados coletados das demonstrações contábeis das empresas dos exercícios de 2008 a 2017;
· Projetar os quocientes para o exercício de 2018 por meio de dois procedimentos.
Então, qual a representatividade da origem de recursos no patrimônio das empresas listadas na Brasil Bolsa Balcão como NM completos em 2018 dez anos pós-crise imobiliária norte-americana?
A análise da representatividade da origem de recursos no patrimônio das empresas do mercado imobiliário, completos 10 anos pós-crise imobiliária norte-americana, listadas como NM, baseou-se na observação de três grupos de companhias. No grupo 1 (G1) está a análise das três médias de lucro acima de R$ 200.000 milhões. No grupo 2 (G2) estão as empresas com média de lucro entre R$ 100.000 e R$ 200.000 milhões. No grupo 3 (G3) estão as empresas com média abaixo de R$ 50.000 milhões.
Para ter um conceito quantitativo foram calculados os quocientes de participação de origem de recursos (1), velocidade de capital próprio (2) e rentabilidade origem própria capital (3) que são representados pelas seguintes razões (LOPES SÁ, 2011):
(1) (2) (3)
Em seguida foram feitas previsões dos quocientes por dois métodos. O método 1 é o Lopesista (4), que pode ser representado pela equação (HERCKERT; SILVA, 2006):
(4)
O método 2 foi por meio da equação linear (5) e calculada no programa EXCEL 2007 da Microsoft:
(5)
Por fim, também calculado no EXECEL, foi realizada a análise da força de associação do coeficiente de correlação entre as variáveis percentuais das razões contábeis e os quocientes (SMAILES; MCGRANE, 2014). Assim, para medir o resultado da correlação das variáveis foi usada a escala de -1 a 1 (SMAILES; MCGRANE, 2014). Se o resultado da correlação é negativo, então há uma relação inversa entre as variáveis. Todavia, se o resultado é positivo há uma relação direta entre as variáveis.
Nesse sentido, três pressupostos contábeis (LOPES SÁ, 2011) são utilizados como base da análise:
P1 – quanto maior for a capacidade das entidades de gerar recursos próprios, menor a dependência de recursos de terceiros;
P2 – quanto maior for a velocidade de giro do capital próprio, menor a ineficiência operacional;
P3 – quanto maior a capacidade do capital próprio de gerar lucros, menor será a ineficácia das companhias de agregar valor ao patrimônio.
Foi identificado três tipos de representatividade de origem de recursos patrimoniais. Assim, o grupo 1 conseguiu em dez anos apresentar maiores lucros, mais velocidade nas vendas e, portanto, maior representatividade de origem de recursos próprios em relação às outras empresas dos grupos 1 e 2.
Tendo em vista que origem de recursos significa todo capital injetado no patrimônio da empresa e que é preciso entender que determinadas classificações no passivo tem caráter subjetivo foi possível projetar os quocientes para o exercício de 2018 e conciliar os pressupostos contábeis na perspectiva de que foi percebido um declínio dos quocientes de participação de origem de recursos, velocidade de capital próprio e rentabilidade de origem própria do capital.
Assim, embora a regra geral seja que as empresas tenham apresentado aumento da capacidade de quitação de dívidas, busca de velocidade de giro do seu capital e continuidade econômica, é possível que nos próximos anos do setor imobiliário brasileiro haja, ainda mais, uma intensa representatividade de recursos de terceiros nos patrimônios das companhias e uma menor representatividade de recursos próprios.
Seja bem-vind@ à leitura dos Anais da CONEXÃO Fametro 2018!
Temos o prazer de disponibilizar à comunidade acadêmica os Anais do VI Encontro de Iniciação à Pesquisa, VI Encontro de Monitoria e Iniciação Científica e VIII Encontro de Pós-graduação. Aqui estão os trabalhos que foram apresentados durante o evento, que agora são compartilhados em forma de artigos digitais. O tema da CONEXÃO Fametro 2018 foi “Inovação e Criatividade”.
Com este tema, procuramos fomentar discussões e pesquisas que abordassem as mais diversas áreas do conhecimento, demonstrando o potencial transdisciplinar e inovador dos pesquisadores, tendo a dimensão artística como principal norteador.
Tratam-se de trabalhos interessantes que podem auxiliar em estudos e pesquisas, estimular outros alunos e professores à produção científica e dar subsídios a novas práticas em campos de atuação diversos das áreas da saúde, humanas e exatas.
Esperamos que esta publicação ajude como mais uma opção de apoio à pesquisa e ao desenvolvimento científico, uma vez que concentra artigos resultantes de investigações comprometidas com a publicização do conhecimento de qualidade, a responsabilidade social e mudanças nos contextos de atuação.
Boa leitura!
Solange Sousa Pinheiro
PRESIDENTE DA COMISSÃO CIENTÍFICA
As normas de submissão de trabalhos científicos estão disponíveis nos editais no link: https://www.doity.com.br/conexao-fametro-2018/artigos
Comissão Organizadora
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Solange Sousa Pinheiro
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Os anais da Conexão Fametro 2017 estão disponíveis no link: https://www.doity.com.br/anais/conexaofametro2017