IMPACTO DA DOENÇA RENAL CRÔNICA NAS ATIVIDADES DIÁRIAS DE PESSOAS COM DIABETES

IMPACTO DA DOENÇA RENAL CRÔNICA NAS ATIVIDADES DIÁRIAS DE PESSOAS COM DIABETES

• Autor
• Ana Cibele da Silva Cavalcante
• Co-autores
• Jéssica Lima da Silva , Lindembergue Sabóia de Castro , Ana Cristina de Oliveira Borges , Julia Evelin Cordeiro Soares , Dalila Augusto Peres
• Resumo

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  Introdução: O aumento da expectativa de vida decorrente da transição demográfica contribuiu para mudanças no perfil de morbimortalidade e aumento da prevalência das doenças crônicas, entre elas a doença renal crônica (DRC). Fatores socioeconômicos podem influenciar a sua progressão, como também o controle inadequado de doenças como hipertensão e diabetes (PESSOA; LINHARES, 2015). A doença renal do diabetes é a principal causa de ingresso de pacientes no programa de diálise, e está associada ao aumento da mortalidade, devido á doença cardiovascular (MILECH et al., 2016). Sabe-se que diabetes e a doença renal crônica podem gerar sentimentos de baixa autoestima, fuga ou negação, pois os pacientes têm que se submeter ao tratamento para sobreviver, e a descoberta de uma doença crônica quase sempre é vista como o fim de tudo, afetando diretamente as atividades de vida diária e a qualidade de vida. Objetivo: Analisar o impacto da doença renal crônica nas atividades de vida diária de pessoas com diabetes. Metodologia: Trata-se de um estudo transversal com abordagem quantitativa. A população do estudo foi composta por pessoas com insuficiência renal crônica e diabetes mellitus tipo 2, que fazem tratamento de hemodiálise por fistula arteriovenosa, em uma clinica do SUS, com idade entre 18 a 59 anos, com cadastro há pelos 12 meses na clinica estudada, que realizaram hemodiálise entre 01 a 30 de abril de 2017, independente do local de residência, e que aceitaram participar do estudo. O instrumento de coleta de dados foi um uma entrevista estruturada individual com questões abertas e fechadas. As entrevistas foram transcritas e armazenadas, em arquivos digitais. A coleta dos dados ocorreu no mês de maio de 2017. Os dados foram analisados de forma descritiva e através das falas dos participantes da pesquisa. O projeto foi aprovado pelo comitê de ética da instituição proponente da pesquisa, com parecer 1473.900. Cada participante assinou o Termo de Consentimento Livre e Esclarecido sendo garantido aos participantes o anonimato, e a possibilidade de desistir de participar da pesquisa em qualquer momento do estudo, conforme a resolução Nº 466/2012 (BRASIL, 2012). Resultados e Discussões: Foram entrevistados 11 pessoas com DRC e DM, em que 6 eram do sexo masculino, entre 40 e 59 anos, residentes em Fortaleza, com escolaridade variando de 7 a 12 anos de estudo. Nove pessoas tinham renda de benefícios sociais, como aposentadoria e auxilio doença. Todos tinham Hipertensão Arterial Sistêmica, 7 estavam com sobrepeso, e 8 não praticavam atividade física regular. Nove dos 11 participantes responderam que afetou a vida diária, o trabalho e a família: “Foi ruim né? Que eu trabalhava de padeiro, confeiteiro, mudou muito, tudo” (P1). “eu acho que foi mais no trabalho, porque eu trabalhava viajando, no meio da amazonas” (P2). “é de ter que vim aqui um dia outro não (risos) que eu não sou de ficar em casa, eu gosto de trabalhar” (P3). Conclusão: Quanto a percepção sobre o impacto nas atividades diárias, a maioria dos pacientes relatou que a doença afetou muito a sua vida, principalmente quanto ao trabalho, pois relataram que não podiam viajar com a família, não podiam mais carregar peso, deixando com baixa autoestima.

   

• Palavras-chave
• Fístula arteriovenosa, Doença Renal Crônica, Enfermagem
• Modalidade
• Pôster
• Área Temática
• PROCESSO DE CUIDAR