Introdução: A relação entre homem, trabalho, saúde e adoecimento estão intrinsicamente interligadas e documentadas nas mais antigas obras de escritores. No cenário atual temos o aparecimento das Lesões por esforço repetitivo (LER) e das Doenças Osteomusculares Relacionadas ao Trabalho (DORT), que vêm sendo responsáveis por um expressivo impacto social e econômico na sociedade, e possuem causas intimamente ligadas a atividades laborais e condições de trabalho, segundo Ikari (2009). Santana (2013) ressalta um obstáculo ainda para a manutenção ideal na saúde do trabalhador, que é a falta de dados sobre o ponto de vista dos determinantes de condição de funcionalidade no meio, visto que no cotidiano é empregada rotineiramente a Classificação Estatística Internacional de Doenças e Problemas Relacionados à Saúde (CID), sendo o fisioterapeuta um dos principais profissionais que vem tentando inserir a Classificação Internacional de Funcionalidade, Incapacidade e Saúde (CIF) nessa vertente da área da saúde. No ano de 2016, o Conselho Federal de Fisioterapia e Terapia Ocupacional (COFFITO) no exercício de suas atribuições legais e regimentais disciplinou a especialidade profissional de Fisioterapia do Trabalho (Resolução N°465, 20 de maio de 2016), ampliando a atuação do fisioterapeuta no ambiente laboral (BAÚ; KLEIN, 2009. Novoa et al. (2007) relata que ainda perdura uma dificuldade na aceitação em relação a este profissional, e Tsuchiya et al. (2009) defende a necessidade da sua participação na esfera trabalhista, com enfoque na orientação e prevenção. Wiczick (2006) argumenta que o profissional de fisioterapia se diferencia dos demais por conseguir se fazer presente no espaço onde se encontram os “problemas”, e constata-se que a intervenção terapêutica é capaz de reduzir exponencialmente os índices de LER/DORT, absenteísmo, afastamentos e acidentes no âmbito trabalhista. O presente trabalho discorre acerca do impacto positivo da presença do fisioterapeuta do trabalho na área laborativa. Objetivo: Objetiva-se ressaltar a importância do papel do fisioterapeuta dentro do âmbito de trabalho, mostrando a relevância de sua conduta e intervenção. Metodologia: A presente pesquisa foi elaborada por meio de uma revisão sistemática de literatura. Foi realizada por meio de uma pesquisa em materiais publicados nas bases de dados Google Acadêmico e Scielo, afim de responder o seguinte questionamento: “Fisioterapia na saúde do trabalhador, qual importância da sua atuação?”. Dentre dezenove apanhados, foram utilizados dez produtos científicos, utilizando como critério de inclusão materiais na língua portuguesa que fossem relevantes para com o tema abordado; enquanto os critérios de exclusão foram: dissertações e artigos irrelevantes. Para a busca foram utilizados os seguintes descritores: Fisioterapia, Saúde do trabalhador e ergonomia. Resultados/Discussão: A conduta tomada pelo profissional fisioterapeuta no ambiente de trabalho tem se tornado cada vez mais importante, vista a sua vasta possibilidade de intervenção que vai desde a avaliação, diagnóstico e planejamento de intervenção até a implementação de ações de prevenção e adequação do ambiente de trabalho, focando na saúde funcional do trabalhador (BAÚ; KLEIN, 2009). Dentro das intervenções que podem ser realizadas pelo fisioterapeuta do trabalho está a promoção de saúde através de informação e conscientização dos trabalhadores. Palestras sobre assuntos e causas populares de distúrbios no trabalho, como estresse, postura, ergonomia, LER e DORT são válidas, destacando seus conceitos, seus mecanismos fisiológicos, causas, sintomas e principalmente prevenção e tratamento (MIYAMOTO, 1999). Outra forma de atuação é a realização de atividades físicas específicas que podem ser realizadas dentro do ambiente de trabalho e que sejam direcionadas para a musculatura mais utilizada no cargo exercido durante a jornada de trabalho. Essas atividades podem consistir em formas de alongamento e fortalecimento, que criam um ambiente de interação social por livre e espontânea vontade dos trabalhadores e que deve ser feita de forma não repetitiva ou monótona, durando cerca de cinco a quinze minutos (MARTINS, 2005; MENDES, LEITE, 2004). Mendes e Leite (2004), junto a Oliveira (2006), trazem a ideia de que esse momento laboral pode ser dividido em preparatório (no início da jornada de trabalho, com exercícios de força, velocidade e/ou resistência), compensatório (no meio da jornada, impedindo vícios posturais) e de relaxamento (no final do expediente, relaxando os músculos que foram requisitados durante o dia e reduzindo a tensão muscular). Tudo isso com intuito de prevenção no que diz respeito à LER/DORT, estresse, dores, além da melhoria no relacionamento pessoal entre os colegas de empresa, quebrando a monotonia do trabalho. Portanto, os benefícios da intervenção fisioterapêutica no ambiente de trabalho são tanto aos colaboradores quanto aos empregadores, visto que o desenvolvimento de ações de promoção de saúde e prevenção de agravos traz uma melhoria a qualidade de vida do colaborador, que sendo melhor informado quanto aos riscos de adoecimento e incapacidade, será um trabalhador mais consciente e saudável, consequentemente mais produtivo (DA SILVA MAIA, 2014). Conclusão: Com o fisioterapeuta do trabalho no âmbito empresarial haverá promoção de saúde a cada trabalhador, sendo ela física, social e funcional. Sendo o intuito principal deste profissional avaliar e identificar detalhadamente problemas relacionados a ergonomia, para que possa agir com conscientização e prevenção de agravos à saúde. Como resultado, o fisioterapeuta poderá diminuir as causas de patologias associadas ao trabalho, consequentemente, o índice de acidentes laborais, pois atuará em dores osteomusculares, estresse, fadiga e vícios posturais, causando uma certa diminuição de afastamentos por parte dos colaboradores. Desta forma, promove um ambiente de trabalho produtivo tanto aos funcionários quanto aos empregadores, melhorando assim o bem-estar geral e evitando surgimento de demais complicações.
Seja bem-vind@ à leitura dos Anais da CONEXÃO Fametro 2018!
Temos o prazer de disponibilizar à comunidade acadêmica os Anais do VI Encontro de Iniciação à Pesquisa, VI Encontro de Monitoria e Iniciação Científica e VIII Encontro de Pós-graduação. Aqui estão os trabalhos que foram apresentados durante o evento, que agora são compartilhados em forma de artigos digitais. O tema da CONEXÃO Fametro 2018 foi “Inovação e Criatividade”.
Com este tema, procuramos fomentar discussões e pesquisas que abordassem as mais diversas áreas do conhecimento, demonstrando o potencial transdisciplinar e inovador dos pesquisadores, tendo a dimensão artística como principal norteador.
Tratam-se de trabalhos interessantes que podem auxiliar em estudos e pesquisas, estimular outros alunos e professores à produção científica e dar subsídios a novas práticas em campos de atuação diversos das áreas da saúde, humanas e exatas.
Esperamos que esta publicação ajude como mais uma opção de apoio à pesquisa e ao desenvolvimento científico, uma vez que concentra artigos resultantes de investigações comprometidas com a publicização do conhecimento de qualidade, a responsabilidade social e mudanças nos contextos de atuação.
Boa leitura!
Solange Sousa Pinheiro
PRESIDENTE DA COMISSÃO CIENTÍFICA
As normas de submissão de trabalhos científicos estão disponíveis nos editais no link: https://www.doity.com.br/conexao-fametro-2018/artigos
Comissão Organizadora
Ailton Pereira da Silva
Caroliny Uchoa Sales
Daniel Carlos Lopes Vasconcelos
Fernanda Rocha Dantas
Juliana Pereira Pessoa
Marina Barbosa Gouveia
Pedro Lucas Bezerra Porto
Yohrranna Kelly Almeida de Araujo
Comissão Científica
Andréa Bessa Teixeira
Anne Caroline Moraes de Assis
Isabelle Lucena Lavor
Solange Sousa Pinheiro
Para dúvidas e sugestões, envie ao e-mail conexaofametro@fametro.com.br.
Os anais da Conexão Fametro 2017 estão disponíveis no link: https://www.doity.com.br/anais/conexaofametro2017