A importância da organização sensorial para a evolução do tratamento fisioterapêutico.

  • Autor
  • kethellyn queiroz da silva rocha
  • Co-autores
  • Ana Karla Pereira Azevedo , Myrella Maria Alves Dias , Jessica de Oliveira Brandão , Amanda Portela do Prado , Italine Maria Lima de Oliveira Belizário
  • Resumo
  •  

    Introdução: Desde a vida uterina o feto começa a receber estímulos sensoriais a partir dos movimentos realizados pela mãe. O cérebro do bebê capta essas informações e gera respostas aos estímulos (TORRIANI, 2008) Após o nascimento, a criança começa a desenvolver diversas vias sensoriais; audição, paladar, tato, visão, gravidade, posicionamento, entre outras. Essas vias são compostas por inúmeras interconexões que são geradas por pontos espalhados em todas as partes do corpo, os mesmos quando ligados, produzem as informações do sistema sensorial. As vias se comunicam e organizam as respostas motoras para os estímulos recebidos (MOLLERI, 2010). Esse sistema é a base para o desenvolvimento motor da criança, sendo responsável por enviar informações de condição, necessidade e capacidade do corpo para o Sistema Nervoso (MOLLERI, 2010). Porém, quando a criança nasce com alguma patologia de origem neurológica, é possível que o sistema sensorial não se desenvolva de forma organizada, podendo gerar incapacidade de resposta motora ou dificuldade de organizar e planejar a mesma, como também o repasse incorreto ou desorganizado de informações para os outros sistemas, levando ao comprometimento das funções, alteração da sensibilidade e atrasos no desenvolvimento neuropsicomotor. Objetivo: Relatar a importância da organização sensorial para a evolução do tratamento fisioterapêutico. Metodologia: Trata-se de uma revisão literária, de artigos pesquisados nas bases de dados MEDLINE e LILACS, no diretório de revistas SciELO e na BVS, onde foram utilizados como principais descritores: Organização sensorial, fisioterapia, tratamento. Utilizaram-se como critérios de inclusão artigos publicados na íntegra, sendo eles relatos de casos e revisão de literatura, nos últimos 15 anos, na língua portuguesa, que abordassem a organização sensorial. Cruzando os descritores foram encontrados 25 artigos, destes 13 foram selecionados e após leitura criteriosa de título e resumos foram excluídos mais 08 artigos, por não atenderem a temática proposta, totalizando 05 publicações para a composição da presente revisão. Resultados e Discussão: Ao tratar de uma criança com atraso no desenvolvimento neuropsicomotor e que possui distúrbio sensório-motor, é importante que o fisioterapeuta esteja atento a quantidade de estímulos sensoriais que serão necessários para que essa criança consiga realizar o que o tratamento solicita (NORBERT, 2016). Além disso, há a necessidade de pensar na importância de organizar a forma com que esses estímulos serão ofertados, já que devido a patologia o paciente apresentará dificuldades em assimilar os estímulos e responder de forma adequada aos mesmos. Sendo assim, a terapia de estimulação do sistema sensorial tem como princípio o fornecimento e controle dos estímulos, como os que provém do sistema vestibular, articular, muscular e tegumentar (CENI, 2013). O fisioterapeuta deverá dessensibilizar o corpo da criança antes de buscar ganhos de força e ADM, já que para uma evolução satisfatória é necessário que as informações e estímulos gerados pela terapia sejam compreendidos e correspondidos pelo paciente. Dessa forma, o fisioterapeuta irá ambientar essa criança ao espaço da terapia, usando diferentes texturas, cores, músicas, balanços ou bolas, temperaturas e um espelho para que a criança se veja durante o tratamento e perceba que ela está fazendo os movimentos e se reconheça durante o processo. Os estímulos em conjunto cooperam para que a criança evolua até que a mesma consiga, espontaneamente, formar respostas adaptativas que integram todas as sensações e levam informações funcionais a todos os sistemas, essa organização sensorial gerará uma resposta motora adequada e contribuirá para a realização e evolução da terapia. Considerações finais: Diante do exposto há necessidade de maior conhecimento, por parte dos fisioterapeutas, a respeito da utilização dos estímulos sensoriais para potencialização dos resultados da terapia. É importante ressaltar que antes de buscar ganhos motores, precisam investigar se o paciente é capaz de assimilar a quantidade de estímulos que queremos ofertar, pois, o tratamento só terá êxito se as vias sensoriais forem capazes de responder ao comando oferecido. Apesar da grande importância da organização sensorial para a evolução da terapia, poucos estudos foram encontrados a respeito do tema. Se faz necessário que mais pesquisas sejam realizadas na área da fisioterapia sensório-motora.

    Referências

    GODZICKI, Bárbara; DA SILVA, Patrícia Andrade; BLUME, Luziane Bombazar. Aquisição do sentar independente na Síndrome de Down utilizando o balanço. Fisioterapia em Movimento, v. 23, n. 1, 2017.

    NORBERT, Adriana Andreia De Fatima et al. A importância da estimulação precoce na microcefalia. Universidade Regional do Noroeste do Estado do Rio Grande do Sul. Rio grande do Sul, 2016.

    CENI, Diana Colombeli. Fisioterapia na Síndrome de Seckel: proposta de intervenção através de estimulação sensório-motora. 2013. Dissertação de Mestrado. Universidade Tecnológica Federal do Paraná.

    TORRIANI, Camila et al. Efeitos da estimulação motora e sensorial no pé de pacientes hemiparéticos pós acidente vascular encefálico. Rev Neurocienc, v. 16, n. 1, p. 25-9, 2008.

    MOLLERI, Natalia et al. Aspectos relevantes da integração sensorial: organização cerebral, distúrbios e tratamento. Revista Neurociências, v. 6, n. 3, p. 173-179, 2010.

     

  • Palavras-chave
  • Organização sensorial, fisioterapia, tratamento.
  • Modalidade
  • Pôster
  • Área Temática
  • PROMOÇÃO DA SAÚDE E TECNOLOGIAS APLICADAS
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Seja bem-vind@ à leitura dos Anais da CONEXÃO Fametro 2018!

Temos o prazer de disponibilizar à comunidade acadêmica os Anais do VI Encontro de Iniciação à Pesquisa, VI Encontro de Monitoria e Iniciação Científica e VIII Encontro de Pós-graduação. Aqui estão os trabalhos que foram apresentados durante o evento, que agora são compartilhados em forma de artigos digitais. O tema da CONEXÃO Fametro 2018 foi “Inovação e Criatividade”.

Com este tema, procuramos fomentar discussões e pesquisas que abordassem as mais diversas áreas do conhecimento, demonstrando o potencial transdisciplinar e inovador dos pesquisadores, tendo a dimensão artística como principal norteador.

Tratam-se de trabalhos interessantes que podem auxiliar em estudos e pesquisas, estimular outros alunos e professores à produção científica e dar subsídios a novas práticas em campos de atuação diversos das áreas da saúde, humanas e exatas.

Esperamos que esta publicação ajude como mais uma opção de apoio à pesquisa e ao desenvolvimento científico, uma vez que concentra artigos resultantes de investigações comprometidas com a publicização do conhecimento de qualidade, a responsabilidade social e mudanças nos contextos de atuação.

 

Boa leitura!

 

Solange Sousa Pinheiro 

PRESIDENTE DA COMISSÃO CIENTÍFICA

As normas de submissão de trabalhos científicos estão disponíveis nos editais no link: https://www.doity.com.br/conexao-fametro-2018/artigos 

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