Dafhine Alves Silva Santos , Lucas Henrique de Omena
MARIA VIVIANE ROMÃO DA SILVA
Deiseane Louise Oliveira Chaves , Edjane Vasconcelos da Silva
DIMAS DE LIMA SANTOS
Andresso Marques Torres , Kaylla Stefani de Oliveira Calheiros
Israel Antenor Dorneles Macedo , Rafaella Gregório de Souza , Vitor dos Santos Silva
Íris Santino dos Santos , Tamires Alves da Silva
David Gadelha da Costa , Isadora Ferreira Lima
Amanda Thayna Olimpio Santana , Laura Marina da Silva Lima
Andresso Marques Torres , Quézia Noemi Santos de Lima
Andesson Mendes de Freitas , Elton Casado Fireman , Tatiane Hilário de Lira
MARINAIDE LIMA DE QUEIROZ FREITAS FERRI , NARA ELISA G. MARTINS DE OLIVEIRA
Juliana Silva Correia , Rodrigo Pereira
Alyny Valéria Cardoso Pontes , Maria Doris Araújo de Lima , Valeria Campos Cavalcante
Allan Fábio Souza dos Santos
Jeane Felix da Silva , Maya Soares Rodrigues , Thais Pimentel Pereira
Entre vozes, lutas e esperanças: pesquisas que reinventam a educação no XI Epeal
Cleriston Izidro dos Anjos
Os Anais do XI Encontro de Pesquisa em Educação em Alagoas apresentam a tessitura das reflexões, debates e alianças que se constituíram ao longo do evento, realizado em um cenário nacional marcado por ataques à democracia, cortes de direitos, desmonte de políticas públicas e precarização do trabalho docente. Em meio a tentativas de silenciar vozes, apagar memórias e deslegitimar saberes produzidos por grupos historicamente marginalizados, estes registros afirmam que a pesquisa em educação segue viva, crítica e comprometida com a transformação social.
Organizado em torno do tema “Educação, Pesquisa e Compromisso Social”, o EPEAL reafirma que investigar não é exercício neutro, nem mera exigência acadêmica. É ato político, situado em instituições de Educação Infantil, escolas de Ensino Fundamental e Médio, universidades, movimentos sociais, coletivos de bairro, quilombos, aldeias, terreiros e tantos outros territórios de saber e vida. As produções aqui reunidas interrogam o lugar da pesquisa na luta por justiça social e nos convidam a enfrentar, com coragem, as marcas do colonialismo, do adultocentrismo, do racismo, do patriarcado, da lógica meritocrática e do projeto neoliberal que incidem sobre a educação brasileira.
Os textos acolhidos neste volume visibilizam a pluralidade de sujeitos, contextos e perspectivas que compõem o campo educacional em Alagoas e no Brasil. Circulam por estas páginas estudos sobre infâncias e juventudes, experiências de pessoas jovens, adultas e idosas, formação docente, políticas públicas e gestão, currículos, educação especial e inclusão, educação popular, linguagens, ciências, matemática, artes, tecnologias digitais, direitos humanos, decolonialidade e democracia. São trabalhos que entrelaçam escola e comunidade, teoria e prática, pesquisa e militância, convocando a repensar o que se ensina, como se ensina, com quem se aprende e para que projetos de sociedade se educa.
Os Anais expressam também uma aposta radical na diversidade epistemológica. Dialogam saberes acadêmicos, populares, escolares, territoriais, indígenas, quilombolas e ancestrais, compondo uma constelação de vozes que desloca a ideia de que apenas certos conhecimentos contam como ciência. Ao reunir contribuições da Pedagogia, Filosofia, Ciências Sociais, História, Psicologia, Letras, Artes, Comunicação, Matemática, Ciências Naturais e de outros campos, o Epeal reforça que nenhuma área, isoladamente, dá conta dos desafios que atravessam a educação pública hoje.
A realização de parte do encontro no Campus A. C. Simões da Universidade Federal de Alagoas e outra parte na Bienal Internacional do Livro de Alagoas, no Centro Cultural e de Exposições Ruth Cardoso, em Maceió, é também um gesto político e pedagógico. Ao ocupar a universidade e, ao mesmo tempo, integrar-se a um grande evento cultural do estado, o Epeal amplia o diálogo entre produção acadêmica, redes de ensino, movimentos sociais, coletivos culturais e o público mais amplo. Os trabalhos aqui publicados são fruto dessas aproximações, das conversas nos corredores, nas salas, nas mesas-redondas, nas apresentações culturais e nos encontros que o evento possibilitou.
Ao organizar a produção em diferentes Grupos de Trabalho, o Epeal não fragmenta a educação, mas cria espaços de escuta e aprofundamento temático que se complementam. Cada Grupo de Trabalho (GT), à sua maneira, problematiza relações entre educação e direitos humanos, sujeitos e diversidades, políticas e gestão, fundamentos e práticas, linguagens e multimodalidades, tecnologias digitais, ciências e matemática, inclusão de pessoas com deficiência, experiências de jovens, adultos e idosos. A leitura dos textos permite perceber tanto as especificidades de cada campo quanto as muitas encruzilhadas em que eles se tocam.
Em tempos de avanço de discursos autoritários, de negacionismo científico e de tentativas de deslegitimar a escola pública, este conjunto de produções opera como uma trincheira de memória, criação e reexistência. São pesquisas que não se limitam a descrever problemas, mas inventam caminhos, revisitam práticas, interrogam políticas, desconstroem naturalizações, propõem outras formas de viver a educação. Ao contar essas histórias e analisar essas experiências, os trabalhos reafirmam a escola e a universidade como espaços de defesa da vida, dos direitos e da dignidade de crianças, jovens, adultos e idosos.
Inspirados em Ailton Krenak, podemos dizer que estes Anais participam de um esforço coletivo de “adiar o fim do mundo”, cultivando brechas de esperança em meio às crises. Em diálogo com Paulo Freire, lembram que a educação, quando praticada como ato de liberdade, é força que recusa a adaptação passiva e alimenta o desejo de transformar o mundo. Que a circulação destes textos em escolas, universidades, movimentos e grupos de pesquisa ajude a fortalecer essa ética do cuidado, da igualdade e da justiça.
Que a leitura destas páginas provoque novas perguntas, gere outras pesquisas, alimente lutas locais e articule redes. Que cada trabalho aqui registrado encontre ressonância em práticas educativas, ações coletivas e políticas comprometidas com uma educação pública, gratuita, laica, inclusiva, antirracista, democrática e socialmente referenciada, que combata todo e qualquer tipo de preconceito e discriminação. É com essa aposta que apresentamos os Anais do XI Encontro de Pesquisa em Educação em Alagoas.
Boa leitura!
Gustavo Silva de Oliveira, Simonny Montthieln Araújo Vasconcelo, Adriano Jakelaitism, Leando Spindola Pereira, Gustava Dorneles de Souza
Gustavo Silva de Oliveira, Simonny Montthieln Araújo Vasconcelo, Adriano Jakelaitism, Leando Spindola Pereira, Gustava Dorneles de Souza
Gustavo Silva de Oliveira, Simonny Montthieln Araújo Vasconcelo, Adriano Jakelaitism, Leando Spindola Pereira, Gustava Dorneles de Souza
Gustavo Silva de Oliveira, Simonny Montthieln Araújo Vasconcelo, Adriano Jakelaitism, Leando Spindola Pereira, Gustava Dorneles de Souza
Gustavo Silva de Oliveira, Simonny Montthieln Araújo Vasconcelo, Adriano Jakelaitism, Leando Spindola Pereira, Gustava Dorneles de Souza
Gustavo Silva de Oliveira, Simonny Montthieln Araújo Vasconcelo, Adriano Jakelaitism, Leando Spindola Pereira, Gustava Dorneles de Souza
Gustavo Silva de Oliveira, Simonny Montthieln Araújo Vasconcelo, Adriano Jakelaitism, Leando Spindola Pereira, Gustava Dorneles de Souza
Gustavo Silva de Oliveira, Simonny Montthieln Araújo Vasconcelo, Adriano Jakelaitism, Leando Spindola Pereira, Gustava Dorneles de Souza
Gustavo Silva de Oliveira, Simonny Montthieln Araújo Vasconcelo, Adriano Jakelaitism, Leando Spindola Pereira, Gustava Dorneles de Souza
Gustavo Silva de Oliveira, Simonny Montthieln Araújo Vasconcelo, Adriano Jakelaitism, Leando Spindola Pereira, Gustava Dorneles de Souza
Coordenação do Programa de Pós-Graduação em Educação (PPGE/Ufal):
Prof. Dr. Cleriston Izidro dos Anjos
Prof. Dr. Walter Matias Lima
Coordenação Geral do Epeal:
Prof. Dr. Cleriston Izidro dos Anjos
Comissão Organizadora:
Comissão Científica: