Com o aumento da urbanização na cidade de Campinas, considerada hoje uma metrópole, a presença de animais silvestres nessa região também aumentou consideravelmente. No município, encontra-se o Parque Bosque dos Jequitibás, na região central da cidade, constituído por vegetação remanescente da Mata Atlântica, que abriga um minizoológico. A questão norteadora, para a realização deste trabalho, partiu de uma entrevista com o médico veterinário coordenador do já referido parque. Durante a conversa, descobriu-se que, além de cuidar de animais em cativeiro, o zoológico atua também na reabilitação dos recolhidos pela Polícia Ambiental. O objetivo principal do projeto, então, passou a ser sistematizar e analisar as ocorrências de notificação de animais silvestres presentes na área urbana encaminhados ao Bosque dos Jequitibás pela Polícia Ambiental no período de 2015 a 2020 e os encaminhamentos realizados pelo parque que visa o bem-estar animal. Pretende-se desenvolver um banco de dados, a partir das ocorrências registradas, estabelecendo padrões de composição (grupos taxonômicos) e distribuição espacial (organização por georreferenciamento). Atualmente, a compilação de tais dados presentes nos boletins de ocorrência está sendo feita para uma planilha a fim de que se possa estabelecer correlações entre eles. Resultados preliminares apontam a predominância de ocorrência de aves (psitacídeos, falconiformes e estrigiformes). Dentre os mamíferos, destacam-se os Didelfídeos (gambás). Os resultados esperados desse projeto são a melhoria do entendimento de situações de conflitos entre humanos e animais silvestres; demonstrar o importante papel da Polícia Ambiental no resgate de animais silvestres, bem como o papel do Zoológico de atuar na reabilitação dos mesmos, já que o município, apesar de possuir mais de 1 milhão de habitantes, não conta um Centro de Reabilitação de Animais Silvestres (CRAS).
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