No setor agrícola, são utilizados diversos tipos de agrotóxicos, seja no combate de pragas ou na aceleração de plantações. Esses compostos químicos possuem uma alta taxa de risco ao ser humano, quando não manuseado ou aplicado corretamente, ocasionando diferentes tipos de doenças, como as neurológicas, que comprometem a saúde mental e até mesmo os movimentos corporais. A fim de proporcionar um estudo amplo, alguns aspectos sociais e econômicos relevantes ao tema, tal qual índices de produção e exportação no Brasil, também foram abordados. Teve-se por objetivo, avaliar os índices de toxicidade e composição química presente nos agroquímicos, com enfoque nas disfunções neurológicas e outras doenças provenientes do contato indevido com esses compostos. Através de consultas na internet, relatórios, artigos, teses, dentre outros, fundamentaram a pesquisa, passando por minuciosa coleta e catalogação de dados clínicos e/ou registros de acidentes em zonas rurais. Como resultado, foram obtidas constatações de que a maioria dos casos de intoxicações e problemas decorrentes devido a exposição de agrotóxicos, ocorre em indivíduos do sexo masculino, de baixa renda, com pouca ou nenhuma instrução de letramento, e que trabalharam durante muitos anos seguidos com pouca ou nenhuma proteção, e que ora são empregados de grandes produtores rurais ora são pequenos produtores familiares de agricultura de subsistência, apresentando adoecimento por distúrbios como Parkinson, depressão e câncer. Dessa forma, conclui-se que as desigualdades existentes em nossa sociedade não interferem apenas na qualidade de vida, mas podem e são responsáveis pelo desenvolvimento de enfermidades na classe mais baixa, composta de trabalhadores. Portanto, espera-se que este projeto seja fonte de conhecimento ao público e coopere na diminuição de novos casos de intoxicações por esses produtos nocivos.
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