Os polinizadores, em especial as abelhas, possuem um papel fundamental para a preservação do meio ambiente e desenvolvimento humano. Esses animais proporcionam a troca de gametas entre flores favorecendo a frutificação de vegetais. No entanto, o uso indiscriminado de defensivos agrícolas, cada vez mais empregados na agricultura intensiva e extensiva, apesar de favorecerem a produção, contribuem para malefícios ao meio ambiente, a saúde humana. Esses produtos têm o objetivo de repelir ou eliminar agentes patogênicos, e incluem inseticidas, fungicidas, reguladores de crescimento, desfolhantes, dissecantes, dentre outros. O objetivo deste trabalho é analisar os agrotóxicos, principalmente os inseticidas implementados nas últimas décadas, relacionando a efetividade, capacidade de ação e toxicidade, além de analisar como estes agem sobre populações de abelhas. Para isso, serão analisados defensivos agrícolas com reconhecida ação negativa sobre as abelhas considerando-se as classificações toxicológicas e de periculosidade ambiental, o modo de utilização, a quantidade e concentrações em que são empregados. Os inseticidas Neonicotinoides foram descritos como um dos defensivos agrícolas com maior responsabilidade no colapso desordenado das colônias de abelhas, no Brasil e no mundo causando a hiperexcitação neurológica destas. Sabe-se que desde 2000, defensivos biológicos de reduzida toxicidade têm sido empregados no Brasil. No entanto, a via é árdua, quando se comparam registros dos últimos 11 anos. No ano 2020, o ano com maior registro de biopesticidas no Brasil, foram contabilizados 95 contra 226 do produto convencional. Espera-se com os resultados deste trabalho, complementar o conhecimento entre o uso agrotóxicos com o declínio de população de abelhas, atentando-se aos impactos a humanidade e ao meio ambiente, e buscar alternativas que estimulem o uso de biopesticidas para atingir “Fome Zero e Agricultura Sustentável”, diretrizes dos 17 ODS da Agenda 2030 da ONU.
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