Em 11 de março de 2020, a Organização Mundial da Saúde (OMS) decretou o início de uma pandemia, a de COVID-19. Após cerca de 15 meses, os casos de mortes por milhão acentuaram-se entre os países, sendo que muitos obtiveram números significativamente discrepantes. Dessa forma, levantou-se a hipótese de tal divergência estar relacionada com as medidas tomadas por cada Governo durante os primeiros meses após o decreto da pandemia. Sendo assim, como o Brasil apresentou um crescente registro de óbitos, escolheu-se matematicamente, por meio de 6 pilares de comparação (tamanho populacional, IDH, área, transparência governamental, idade média e zona térmica), um país que tivesse se destacado abaixo da média mundial de mortes por milhão e que fosse similar ao Brasil nos critérios analisados (de acordo com a influência de cada um no combate à disseminação do coronavírus). O país selecionado foi, então, a Austrália, cujo número de mortes por milhão foi 57 vezes menor que o do Brasil. Para o desenvolvimento do atual trabalho, buscou-se os principais meios de divulgação das medidas governamentais tomadas por cada país, sintetizando-as em uma única tabela, dividida por períodos de acordo com o primeiro óbito registrado em cada local. Com as informações equiparadas, buscou-se responder quais foram os fatores que influenciaram no número tão discrepante de óbitos por milhão entre Brasil e Austrália, dentre os quais destacaram-se: cooperação entre as esferas de poder, apoio irrestrito aos lockdowns estaduais, comunicação clara e conjunta com a população por parte do Governo, fechamentos interestaduais e orientações sobre o tratamento precoce.
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