O fenômeno “crianças brasileiras de origem estrangeira” tende a crescer com o aumento da emigração de brasileiras/os, porém, pouco se sabe desse coletivo singular que está em pleno processo de conformação e em alça. A proposta de abordagem aquí apresentada é uma pesquisa piloto centranda na realidade hispano-brasileira que foca em dois eixos. Por um lado e primeiro, o de estruturar/ordenar os perfis das crianças brasileiras que nasceram e vivem na Espanha e, por outro lado e segundo, o de listar, sistematizar e descrever o universo imaginário do que é ser brasileira/o para essas crianças. Utilizaremos, para isso, as seguintes metodologias de forma combinada, a revisão bibliográfica teórica (ARANGO, 2020; MALGUESINI, 2001; MÁRQUEZ ABAD, 2007; SOLÉ, 2006), a etnografia (LÈVI-STRAUSS, 1988; GUBER, 2011; RESTREPO, 2016; BONI & MORESCHI, 2007; ANGROSINO, 2012) e o método das palavras geradoras de Paulo Freire considerando a abordagem sociocultural (FREIRE, 196 e 2006; VYGOTSKY, 1995 e 1998; QUIROGA, 1997), entre outros estudos. O resultado dessa pesquisa vai assegurar material de fonte primária para refletir sobre o contexto das migrações e infância e para pensar sobre os possíveis projetos políticos que contemplem essa parte da cidadania infanto-brasileira, tendo em conta, para tanto, o percurso de conformação identitária dessas crianças.
Comissão Organizadora
Victor Barros
Comissão Científica