O PAPEL DO PSICÓLOGO FRENTE AO PACIENTE COM BAIXA ADESÃO À TERAPIA MEDICAMENTOSA

  • Autor
  • Milena de Oliveira Silva
  • Co-autores
  • Adrielle Dionísio dos Santos , Erika Danielle Souza da Silva , Ademar Rocha da Silva , Andreza Maia Silva Barbosa
  • Resumo
  • Com o crescente número de fármacos fabricados e de patologias por eles tratadas, houve um aumento significativo do uso de múltiplos medicamentos por pessoas e um desconhecimento da maneira como essas drogas devem ser usadas, bem como a perda da autonomia do sujeito, o que consequentemente tendem a levar a baixa adesão à terapia medicamentosa. Diante disso, a família e os profissionais da área de saúde possuem um papel de fundamental importância, dentre os quais destacam-se o farmacêutico, enfermeiro, médico e psicólogo. Nesse viés objetiva-se discutir o papel do psicólogo frente ao paciente com baixa adesão à terapia medicamentosa. Para tanto, utilizou-se de revisão bibliográfica de cunho qualitativo, desenvolvida com o suporte de fontes primárias e secundárias, presentes em bases de dados relacionados à psicologia como o Literatura Latino Americana em Ciências da Saúde (LILACS), Scientifc Electronic Library Online (ScIELO) e Periódicos Eletrônicos de Psicologia (PePSIC), acessadas por meio eletrônico, mediada sob a natureza descritiva, esta permitida pelo uso de descritores ligados à ‘psicologia’, ‘terapia medicamentosa’, ‘paciente’ e ‘adesão’ cujos foram pesquisados no DeCS-Descritores em Ciências e Saúde. Foram analisados resumos simples de artigos dentro do período de tempo de 2005 a 2019, parâmetro esse utilizado como critério de inclusão e excluídos aqueles textos que fugiam da referida temática. Frente a baixa adesão à terapia medicamentosa, o psicólogo inicialmente buscará estabelecer vínculo entre profissional, família e cuidador, acolhendo-o para que possa compreender o sujeito na sua essência e o motivo da baixa adesão. Assim, psicoeducar e conscientizar o paciente sobre os benefícios e malefícios da medicação, tal como, a importância do uso da mesma, de acordo com a prescrição do profissional de saúde de forma correta, para que essa não acarrete prejuízos no seu tratamento, são imprescindíveis na sua atuação. Além disso, cabe ao psicólogo avaliar as patologias que estão sendo tratadas e se possível buscar novos meios de tratamento, auxiliando o paciente na busca da sua autonomia, e quando isso não for possível, atendê-lo de forma a minimizar os efeitos e/ou impactos da perda desta na sua vida, possibilitando empoderamento sobre sua saúde e tratamento, uma vez que a perda da autonomia tende a ser uma das causas da baixa adesão ao tratamento. Para mais, o profissional ainda conta como ferramenta o Plano Terapêutico Singular e o Plano Terapêutico Individual que auxiliam no planejamento das intervenções, na tomada de decisão em relação ao cuidado oferecido ao paciente e ao cuidador. Em suma, frente o paciente com baixa adesão ao tratamento medicamentoso, é notório que o psicólogo deverá buscar alternativas que auxiliem ao paciente na obtenção de informação e educação, para que este tenha uma melhor qualidade de vida. Para mais, é necessário avaliar a importância e necessidade do atendimento multiprofissional em prol de uma melhor adesão, para possibilitar um bem-estar e um tratamento mais eficaz, tal como a constante atualização na área da psicofarmacologia, tais ações podem inclusive suscitar novos estudos.

  • Palavras-chave
  • Psicologia, Terapia Medicamentosa, Paciente, Adesão.
  • Modalidade
  • Comunicação oral
  • Área Temática
  • Eixo D: PSICOLOGIA E POLÍTICAS PÚBLICAS DE SAÚDE
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Ao longo dos anos os campos de práticas em Psicologia vêm se ampliando e alcançando os mais variados âmbitos, principalmente se considerarmos os avanços das políticas sociais, bem como o atual quadro de retrocessos enfrentados na presente conjuntura de crise social e política que, por sua vez, influencia direta ou indiretamente nos espaços em que a psicologia ocupa.

Atualmente, as políticas públicas se configuram como o espaço de grande inserção desses profissionais, como discutido por Mandelbaum (2012) que vê o campo social como “território fértil”, um verdadeiro laboratório para a produção em Ciências Humanas, uma vez que cada vez mais o social e o psicológico são concebidos de modo indissociável.

Com o objetivo de visibilizar práticas ligadas à psicologia e políticas públicas, bem como de interiorizar e desse modo divulgar o que tem sido proposto e desenvolvido no estado baiano, o Centro de Referência Técnica em Psicologia e Políticas Públicas (CREPOP), órgão operacional do Conselho Regional de Psicologia 3ª região (CRP-03), tem procurado construir espaços coletivos de discussão, convocando a categoria e os estudantes de Psicologia a repensarem seus papéis nas políticas públicas e assim potencializar os espaços de atuação em todas as suas instâncias.

A Mostra de Práticas em Psicologia e Políticas Públicas concretiza esse papel. Desde sua primeira edição, em 2016, agrega trabalhos de todo o estado da Bahia, evidenciando a pluralidade do fazer psi nesse território.

Em sua terceira edição, a Mostra celebrou os 15 anos do Centro de Referência Técnica em Psicologia e Políticas Públicas (CREPOP) na Bahia e pautou os seguintes eixos temáticos nos trabalhos submetidos e nos debates da programação em geral: a) PSICOLOGIA E POLÍTICAS PÚBLICAS PARA A POPULAÇÃO LGBTQI+, SEXUALIDADES E QUESTÕES DE GÊNERO; b) PSICOLOGIA, POLÍTICAS PÚBLICAS E RELAÇÕES ÉTNICO-RACIAIS; c) PSICOLOGIA, POLÍTICAS PÚBLICAS E EDUCAÇÃO; d) PSICOLOGIA E POLÍTICAS PÚBLICAS DE SAÚDE; e) PSICOLOGIA E SISTEMA ÚNICO DE ASSISTÊNCIA SOCIAL; f) PSICOLOGIA EM INTERFACE COM A JUSTIÇA; g) PSICOLOGIA, POLÍTICAS PÚBLICAS, MOBILIDADE HUMANA E TR NSITO; h) PSICOLOGIA, POLÍTICAS PÚBLICAS, TRABALHO E ORGANIZAÇÕES; i) PSICOLOGIA E POLÍTICAS PÚBLICAS NO ENFRENTAMENTO DA PANDEMIA DA COVID-19.

  • Eixo A: PSICOLOGIA E POLÍTICAS PÚBLICAS PARA A POPULAÇÃO LGBTQIA+, SEXUALIDADES E QUESTÕES DE GÊNERO
  • Eixo B: PSICOLOGIA, POLÍTICAS PÚBLICAS E RELAÇÕES ÉTNICO-RACIAIS
  • Eixo C: PSICOLOGIA, POLÍTICAS PÚBLICAS E EDUCAÇÃO
  • Eixo D: PSICOLOGIA E POLÍTICAS PÚBLICAS DE SAÚDE
  • Eixo E: PSICOLOGIA E SISTEMA ÚNICO DE ASSISTÊNCIA SOCIAL
  • Eixo F: PSICOLOGIA EM INTERFACE COM A JUSTIÇA
  • Eixo G: PSICOLOGIA, POLÍTICAS PÚBLICAS, MOBILIDADE HUMANA E TRÂNSITO
  • Eixo H: PSICOLOGIA, POLÍTICAS PÚBLICAS, TRABALHO E ORGANIZAÇÕES
  • Eixo I: PSICOLOGIA E POLÍTICAS PÚBLICAS NO ENFRENTAMENTO DA PANDEMIA DA COVID-19

ORGANIZAÇÃO DOS ANAIS 
Natani Evlin Lima Dias 
Pablo Mateus dos Santos Jacinto 
Gabriela Evangelista Pereira

COMISSÃO ORGANIZADORA

Conselho Regional de Psicologia da 3ª Região
Centro de Referência Técnica em Psicologia e Políticas Públicas (CREPOP)

Gabriela Evangelista Pereira (CRP-03/6656)
Monaliza Cirino de Oliveira (CRP-03/9621)
Natani Evlin Lima Dias (CRP-03/16212)
Pablo Mateus dos Santos Jacinto (CRP-03/14425)
Renan Vieira de Santana Rocha (CRP-03/11280)

COMISSÃO CIENTÍFICA

Gabriela Evangelista Pereira (CRP-03/6656)
Monaliza Cirino de Oliveira (CRP-03/9621)
Natani Evlin Lima Dias (CRP-03/16212)
Pablo Mateus dos Santos Jacinto (CRP-03/14425)
Renan Vieira de Santana Rocha (CRP-03/11280)

 

AVALIADORAS/ES

Ailena Júlie Silva Conceição
Alana Oliveira Cintra Pedreira
Ana Caroline Moura Cabral
Candice Santana Souza de Oliveira
Carmem Virgínia Moraes da Silva
Cintia Palma Bahia
Claudson Cerqueira Santana
Denise Viana Silva
Gabriela Evangelista Pereira
Giuliano Almeida Gallindo
Glória Maria Machado Pimentel
Iara Maria Alves da Cruz Martins
Jaqueline de Lima Braz Santos
Lara Araújo Roseira Cannone
Lívia Guimarães Farias
Luana Souza Barros Palmeira
Mailson Santos Pereira
Monaliza Cirino de Oliveira
Natani Evlin Lima Dias
Pablo Mateus dos Santos Jacinto
Renan Vieira de Santana Rocha
Rodrigo Márcio Santana
Ruthe Castro de Aquino Pinheiro
Silier Andrade Cardoso Borges
Thais Santos Ouais
Thaís Teixeira Cardoso
Tiago Ferreira da Silva
Valdineia Aragao dos Santos
Vanina Miranda da Cruz
Washington Luan Gonçalves de Oliveira

 

Equipe CREPOP:

crepop03@crp03.org.br