A ATUAÇÃO DA PSICOLOGIA JÚRIDICA POR MEIO DA ACP FRENTE AS CONSEQUÊNCIAS DA VIOLÊNCIA INFANTIL: UM ESTUDO DE CASO

A ATUAÇÃO DA PSICOLOGIA JÚRIDICA POR MEIO DA ACP FRENTE AS CONSEQUÊNCIAS DA VIOLÊNCIA INFANTIL: UM ESTUDO DE CASO

• Autor
• Layara Thaylane Fernandes Oliveira
• Co-autores
• Valquíria de Jesus Nascimento
• Resumo

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  A Psicologia Jurídica, segundo França (2004), é a área da Psicologia que se relaciona com o sistema de justiça, que vai além do estudo do comportamento, alcançando também o escopo das consequências das ações jurídicas sobre o indivíduo. Nesse contexto, o objetivo deste trabalho é demonstrar um estudo de um caso, atendido por uma estagiária do Núcleo de Práticas Jurídicas (NPJ) de uma instituição de ensino superior, no alto sertão baiano, a partir da Abordagem Centrada na Pessoa (ACP), cuja demanda da relacionava-se à uma situação de violência infantil. Ainda, para fundamentação teórica do estudo foram realizados levantamentos bibliográficos. O NPJ é um serviço de utilidade pública, que oferece apoio jurídico às pessoas que não podem custear as despesas processuais e, concomitantemente, oferece apoio psicológicos aos usuários. Os serviços são realizados por acadêmicos dos cursos de Direito e de Psicologia, sob supervisão de docentes especialistas nas áreas. O estudo supracitado é resultado de análise de seis acolhimentos psicológicos, em que foi realizada escuta qualificada e intervenções com base na ACP, além de encaminhamento à Psiquiatria. Respeitando as questões éticas e sigilosas resguardadas pela profissão, a utilização das informações neste estudo foi autorizada pela responsável legal da cliente, visto que esta possuía menoridade. Para mais, somente foi exposto conteúdos necessários para entendimento do caso, preservando demais dados pessoais, sendo adotado um nome fictício para a paciente. A queixa foi trazida a partir de relatos de violência sexual no período da infância, que estariam refletindo na vida adolescente da cliente. Dentre os diversos pontos identificados, destaca-se sentimentos negativos como tristeza e culpa, ademais, a paciente aponta rememorações de pensamentos e lembranças que a faz, constantemente, ter comportamentos autodestrutivos. Isso pode fazer referência ao conceito de manutenção, em que Rogers (1987) diz ser a permanência em repetir pensamentos e comportamentos.  Com os atendimentos, foram levantadas hipóteses de transtornos psiquiátricos como a de Transtorno de Ansiedade Generalizada (TAG) e Transtorno do Estresse Pós-Traumático (TEPT), a serem investigados. No decorrer dos atendimentos pode-se perceber a evolução da paciente quanto à sua capacidade de enxergar estratégias de enfrentamento de angustias e caminhos para mudanças, o que, para a teoria carl rogeriana centrada na pessoa, trata-se da capacidade do indivíduo de se expandir e se atualizar (ROGERS, 1992). Através deste estudo, percebe-se que são diversas as consequências do abuso sexual, o que pode prejudicar toda a vida da pessoa vitimada, e deste modo, vale ressaltar a importância da Psicologia com seu papel de auxiliar o sujeito na sua organização psíquica, buscando minimizar os danos, não só desta esfera, mas também de ordem comportamental e emocional.

   

   

  REFERÊNCIAS

   

  FRANÇA, F. Reflexões sobre psicologia jurídica e seu panorama no Brasil. Psicologia teoria e prática, São Paulo, v.6 n.1. jun. 2004.

   

  ROGERS, C. R. Um Jeito de Ser.  Tradução de Maria Cristina Machado Kupfer; Heloísa Lebrão; Yone Souza Patto. Revisão da tradução: Maria Helena Souza Patto. 4ª Reimpressão. São Paulo: Editora Pedagógica e Universitária Ltda. 1987, 186 pág.

   

   

  ______. Terapia centrada no cliente. Tradução Cecília Camargo Bartalotti; Revisão da tradução Silvana Vieira. São Paulo: Editora WMF Martins Fontes. 1992. 313 p. (Obra original 1951). 

• Palavras-chave
• Psicologia Jurídica, Abordagem Centrada na Pessoa, Violência, Infância, Abuso sexual
• Modalidade
• Vídeos
• Área Temática
• Eixo F: PSICOLOGIA EM INTERFACE COM A JUSTIÇA