RELATOS DE EXPERIÊNCIAS: O QUE PSICÓLOGAS RESIDENTES TÊM FEITO NO CONTEXTO DE COMBATE AO COVID-19, NA CIDADE DE ITABUNA-BA?

RELATOS DE EXPERIÊNCIAS: O QUE PSICÓLOGAS RESIDENTES TÊM FEITO NO CONTEXTO DE COMBATE AO COVID-19, NA CIDADE DE ITABUNA-BA?

• Autor
• Janaína Sampaio Bomfim
• Co-autores
• Vivian Carla Cerqueira dos Santos , Rosane Lopes Araújo Magalhães , Eurisa Maria de Santana
• Resumo

• O presente relato diz respeito às experiências de duas Psicólogas no Programa de Residência Multiprofissional em Saúde da Família da Universidade Estadual de Santa Cruz (UESC). Tal programa envolve profissionais de áreas variadas, como Nutrição, Fisioterapia, Enfermagem, Serviço Social e Psicologia e  é uma possibilidade de formação profissional para o SUS, de pós-graduação na modalidade lato sensu. Trabalhando em acordo com o princípio da integralidade, na maioria das vezes, é comum que todas as profissionais estejam participando dos mesmos contextos de trabalhos,mas cada uma responsável por contribuir com o olhar da sua formação. Nesse sentido, na atuação de combate a pandemia do novo Coronavírus não é diferente. Sendo assim, o que fazem as psicólogas?Desde abril de 2021, a atuação nas Unidades Básicas de Saúde, USF Elson Duarte e USF Fátima I, na cidade de Itabuna-BA, muitas tem sido as possibilidades e situações que convocam o olhar da Psicologia. Assim, breves atendimentos individuais, presenciais e online, foram realizados nas USFs envolvendo situações de medo, ansiedade, desemprego, dificuldade com o trabalho em home Office e sobrecarga de trabalho, relacionadas ao contexto pandêmico, e de luto pela morte de familiares que tiveram COVID-19, casos que muitas vezes foram encaminhados por outras profissionais. Vale dizer que, o programa de residência oferta, para a formação profissional, temas relacionados ao que preconiza o SUS e, ainda, com relação a Psicologia têm sido utilizadas abordagens referentes a: Abordagem Centrada na Pessoa (ACP), Terapia Comunitária, Terapia Cognitiva Comportamental (TCC).Somando-se a isso, houveram, também, muitas vezes nas quais foram convocadas a auxiliar na organização para vacinação, trabalho que, aparentemente, pode ser visto apenas como o de entregar senhas, ofertar informações e preencher fixas com dados pessoais, mas, com o olhar da psicologia presente, é possível realizar um acolhimento com escuta especializada e assim trabalhar questões que surgem espontaneamente: medo de tomar vacina e ter alguma reação ruim, descrença nas evidências científicas, e reações de estresse de modo geral. Percebe-se que há um espanto da comunidade, quando se deparam com Psicólogas nasUSFs e, ainda, muitas dúvidas acerca de qual é o papel desempenhado. Contudo, tem-se a impressão do quanto muitas pessoas têm uma grande necessidade de escuta profissional e como ao terem muitas vezes um ou mais contato com a profissionais parecem se organizar melhor para lidar com suas questões. É válido ressaltar que a experiência em si tem trazido demandas e, à medida que se olha mais para o território, novas ideias surgem para que a atuação seja mais efetiva. Assim, estão em curso projetos como: definir um protocolo de acolhimento psicossocial e realizar grupos de escuta. Em suma, há grande riquezas na experiência, mas, também, grandes desafios na atuação, no sentido de encontrar um lugar da Psicologia e lidar com as especificidades do atual período.  

• Palavras-chave
• COVID-19, Escuta, Psicologia, Saúde da Família, SUS.
• Modalidade
• Comunicação oral
• Área Temática
• Eixo I: PSICOLOGIA E POLÍTICAS PÚBLICAS NO ENFRENTAMENTO DA PANDEMIA DA COVID-19