ATENDIMENTO PSICOTERAPÊUTICO EM PACIENTES COM ESCLEROSE LATERAL AMIOTRÓFICA: DESAFIOS, POSSIBILIDADES E O PAPEL DAS UNIVERSIDADES

  • Autor
  • ANGÉLICA DE SOUZA TEIXEIRA
  • Co-autores
  • LUANA VIANA AGUIAR SANTOS , MÉCIA PIRES DA SILVA , RENATA FREITAS SILVA BORGES MEDEIROS
  • Resumo
  • Este trabalho foi produzido por estudantes de Psicologia da Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia a partir de uma prática de disciplina através de entrevistas com psicólogas. Nesta prática, procurou-se fazer notar a Esclerose Lateral Amiotrófica (E.L.A.) e as dificuldades que os pacientes, familiares e profissionais enfrentam, buscando possíveis melhorias no atendimento psicoterápico e a consequente melhoria na qualidade de vida do paciente. A Universidade constitui-se como mediador significativo de ações que integram a sociedade e, nesse sentido, a extensão se apresenta como um importante espaço para contribuir com a formação e cumprir o papel social da universidade. Sendo assim, adotar as tecnologia assistivas como atividade de extensão possibilita tanto o acesso dessa prática aos estudantes como aos pacientes usuários desse serviço, mobilizando uma prática psicológica capacitada através das políticas educacionais. Na E.L.A., os neurônios motores são afetados e causam uma progressiva paralisação dos músculos do corpo, bem como pode comprometer a fala e prejudicar a vida do indivíduo, que permanece com habilidades cognitivas íntegras. Essa vulnerabilidade preocupa e mostra a importância do acompanhamento Psicológico, sendo necessário frisar que este profissional tem como instrumento de trabalho a escuta terapêutica e que segundo o Código de Ética Profissional do Psicólogo (2005, p.7), “trabalhará visando promover a saúde e a qualidade de vida das pessoas e das coletividades”, baseando-se no respeito à liberdade, dignidade e, principalmente, igualdade dos seres humanos. Questiona-se, portanto, se há preparo deste profissional, nos hospitais, para atender pessoas com E.L.A. a partir do uso de tecnologias assistivas. Para isso, partiu da prática da disciplina de Psicologia e Necessidades Educacionais Especiais, que foi desenvolvida em três partes. Na primeira parte houve um conhecimento das práticas educativas do município, depois optou-se por assistir um filme devido ao contexto pandêmico, tendo em vista as restrições de circulação. Em seguida, foi essencial ouvir os relatos das psicólogas entrevistadas, no qual foi percebido que a falta de contato com a E.L.A e as tecnologias assistivas gera um tipo de insegurança no profissional. A narrativa de uma das psicólogas ao deparar-se com a demanda posteriormente à graduação foi de inabilidade e inexperiência, desse modo, buscou por si mesma entender acerca da tecnologia assistiva para que pudesse prestar o atendimento necessário. Além disso, ao longo do trabalho confirma-se que não há políticas públicas que deem suporte aos pacientes e que existe um alto custo de acesso a esses recursos tecnológicos o que inviabiliza o uso para alguns indivíduos. Nesse sentido, sendo a Universidade um espaço que possibilita a Extensão e que deve defender políticas educacionais, pensou-se na implantação de projetos que possibilitem maior entendimento e prática dessas demandas, assim como, da tecnologia assistiva, o que beneficiaria também as pessoas de baixa renda. 


     

  • Palavras-chave
  • Psicoterapia. Esclerose Lateral Amiotrófica. Tecnologia Assistiva. Políticas Públicas. Educação.
  • Modalidade
  • Vídeos
  • Área Temática
  • Eixo C: PSICOLOGIA, POLÍTICAS PÚBLICAS E EDUCAÇÃO
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Ao longo dos anos os campos de práticas em Psicologia vêm se ampliando e alcançando os mais variados âmbitos, principalmente se considerarmos os avanços das políticas sociais, bem como o atual quadro de retrocessos enfrentados na presente conjuntura de crise social e política que, por sua vez, influencia direta ou indiretamente nos espaços em que a psicologia ocupa.

Atualmente, as políticas públicas se configuram como o espaço de grande inserção desses profissionais, como discutido por Mandelbaum (2012) que vê o campo social como “território fértil”, um verdadeiro laboratório para a produção em Ciências Humanas, uma vez que cada vez mais o social e o psicológico são concebidos de modo indissociável.

Com o objetivo de visibilizar práticas ligadas à psicologia e políticas públicas, bem como de interiorizar e desse modo divulgar o que tem sido proposto e desenvolvido no estado baiano, o Centro de Referência Técnica em Psicologia e Políticas Públicas (CREPOP), órgão operacional do Conselho Regional de Psicologia 3ª região (CRP-03), tem procurado construir espaços coletivos de discussão, convocando a categoria e os estudantes de Psicologia a repensarem seus papéis nas políticas públicas e assim potencializar os espaços de atuação em todas as suas instâncias.

A Mostra de Práticas em Psicologia e Políticas Públicas concretiza esse papel. Desde sua primeira edição, em 2016, agrega trabalhos de todo o estado da Bahia, evidenciando a pluralidade do fazer psi nesse território.

Em sua terceira edição, a Mostra celebrou os 15 anos do Centro de Referência Técnica em Psicologia e Políticas Públicas (CREPOP) na Bahia e pautou os seguintes eixos temáticos nos trabalhos submetidos e nos debates da programação em geral: a) PSICOLOGIA E POLÍTICAS PÚBLICAS PARA A POPULAÇÃO LGBTQI+, SEXUALIDADES E QUESTÕES DE GÊNERO; b) PSICOLOGIA, POLÍTICAS PÚBLICAS E RELAÇÕES ÉTNICO-RACIAIS; c) PSICOLOGIA, POLÍTICAS PÚBLICAS E EDUCAÇÃO; d) PSICOLOGIA E POLÍTICAS PÚBLICAS DE SAÚDE; e) PSICOLOGIA E SISTEMA ÚNICO DE ASSISTÊNCIA SOCIAL; f) PSICOLOGIA EM INTERFACE COM A JUSTIÇA; g) PSICOLOGIA, POLÍTICAS PÚBLICAS, MOBILIDADE HUMANA E TR NSITO; h) PSICOLOGIA, POLÍTICAS PÚBLICAS, TRABALHO E ORGANIZAÇÕES; i) PSICOLOGIA E POLÍTICAS PÚBLICAS NO ENFRENTAMENTO DA PANDEMIA DA COVID-19.

  • Eixo A: PSICOLOGIA E POLÍTICAS PÚBLICAS PARA A POPULAÇÃO LGBTQIA+, SEXUALIDADES E QUESTÕES DE GÊNERO
  • Eixo B: PSICOLOGIA, POLÍTICAS PÚBLICAS E RELAÇÕES ÉTNICO-RACIAIS
  • Eixo C: PSICOLOGIA, POLÍTICAS PÚBLICAS E EDUCAÇÃO
  • Eixo D: PSICOLOGIA E POLÍTICAS PÚBLICAS DE SAÚDE
  • Eixo E: PSICOLOGIA E SISTEMA ÚNICO DE ASSISTÊNCIA SOCIAL
  • Eixo F: PSICOLOGIA EM INTERFACE COM A JUSTIÇA
  • Eixo G: PSICOLOGIA, POLÍTICAS PÚBLICAS, MOBILIDADE HUMANA E TRÂNSITO
  • Eixo H: PSICOLOGIA, POLÍTICAS PÚBLICAS, TRABALHO E ORGANIZAÇÕES
  • Eixo I: PSICOLOGIA E POLÍTICAS PÚBLICAS NO ENFRENTAMENTO DA PANDEMIA DA COVID-19

ORGANIZAÇÃO DOS ANAIS 
Natani Evlin Lima Dias 
Pablo Mateus dos Santos Jacinto 
Gabriela Evangelista Pereira

COMISSÃO ORGANIZADORA

Conselho Regional de Psicologia da 3ª Região
Centro de Referência Técnica em Psicologia e Políticas Públicas (CREPOP)

Gabriela Evangelista Pereira (CRP-03/6656)
Monaliza Cirino de Oliveira (CRP-03/9621)
Natani Evlin Lima Dias (CRP-03/16212)
Pablo Mateus dos Santos Jacinto (CRP-03/14425)
Renan Vieira de Santana Rocha (CRP-03/11280)

COMISSÃO CIENTÍFICA

Gabriela Evangelista Pereira (CRP-03/6656)
Monaliza Cirino de Oliveira (CRP-03/9621)
Natani Evlin Lima Dias (CRP-03/16212)
Pablo Mateus dos Santos Jacinto (CRP-03/14425)
Renan Vieira de Santana Rocha (CRP-03/11280)

 

AVALIADORAS/ES

Ailena Júlie Silva Conceição
Alana Oliveira Cintra Pedreira
Ana Caroline Moura Cabral
Candice Santana Souza de Oliveira
Carmem Virgínia Moraes da Silva
Cintia Palma Bahia
Claudson Cerqueira Santana
Denise Viana Silva
Gabriela Evangelista Pereira
Giuliano Almeida Gallindo
Glória Maria Machado Pimentel
Iara Maria Alves da Cruz Martins
Jaqueline de Lima Braz Santos
Lara Araújo Roseira Cannone
Lívia Guimarães Farias
Luana Souza Barros Palmeira
Mailson Santos Pereira
Monaliza Cirino de Oliveira
Natani Evlin Lima Dias
Pablo Mateus dos Santos Jacinto
Renan Vieira de Santana Rocha
Rodrigo Márcio Santana
Ruthe Castro de Aquino Pinheiro
Silier Andrade Cardoso Borges
Thais Santos Ouais
Thaís Teixeira Cardoso
Tiago Ferreira da Silva
Valdineia Aragao dos Santos
Vanina Miranda da Cruz
Washington Luan Gonçalves de Oliveira

 

Equipe CREPOP:

crepop03@crp03.org.br