Mobilidade Humana e Urbana: qualidade de vida nos deslocamentos

  • Autor
  • Marlene Alves da Silva
  • Co-autores
  • Eliéte Ferreira Vilas Bôas
  • Resumo
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    O tema trânsito é complexo e envolve vários aspectos que impactam a qualidade de vida das pessoas, principalmente as que residem em regiões mais distantes dos centros urbanos. Trânsito é definido pelo Código de Trânsito Brasileiro como a utilização das vias por pessoas, veículos e animais, isolados ou em grupos, conduzidos ou não, para fins de circulação, parada, estacionamento e operação de carga ou descarga e, precisa ser em condições seguras. Nesse sentido, entende-se por Mobilidade Urbana a condição que permite o deslocamento das pessoas em uma cidade, com o objetivo de desenvolver relações sociais e econômicas e tem como marco no Brasil a década de 1920, quando surgiu a necessidade  de articulação entre as regiões brasileiras e se consolidou na década de 1950, época da instalação de indústrias automobilísticas no Brasil, e o marco mais recente, a Política Nacional de Mobilidade Urbana (PNMU) cujo objetivo é de contribuir para o acesso universal à cidade. Já a Mobilidade Humana propõe uma forma diferente de interpretar esse cenário, coloca o cidadão como protagonista de mudanças positivas, de adaptar a infraestrutura e os espaços das cidades às novas soluções tecnológicas, estimulando a ocupação desses lugares de forma democrática, ou seja, as pessoas estando no centro de todo e qualquer movimento que envolva o ir e vir.  A partir desses conceitos e no intuito de problematizar o meio urbano, social e econômico (deslocamento, congestionamento, moradia inadequada, transporte público, insegurança urbana, espaço público, comportamento humano, etc.) e com o pensamento de refletir e organizar as ideias para possíveis soluções a partir do conhecimento científico e do saber psicológico, foi proposto este trabalho, com demandas da sociedade brasileira e um desafio das políticas públicas verificar as reflexões dos alunos do curso de psicologia em várias regiões do pais.  O método utilizado foi um questionário realizado por meio do google forms, em março de 2021, com os dados sociodemográfico e a pergunta sobre os desafios da mobilidade urbana e mobilidade humana. Foram 255 respondentes, com idade entre 18 e 72 anos, sendo 193 mulheres. Desse total, 192 estudantes residiam no nordeste, 34 no sudeste, 27 no norte 2 alunos no centro-oeste. Os resultados apontaram que pensar em mobilidade urbana está entrelaçado com a mobilidade humana e são muitos os desafios. Foram percebidas como habilidades e competências humanas relacionadas ao respeito, à educação e à responsabilidade individual e coletiva, assim como, relacionaram ao papel do poder público em garantir o direito à acessibilidade aos pedestres e pessoas com mobilidade reduzida, a ter transportes coletivos com qualidade, assegurar infraestrutura e segurança no espaço público de circulação. Esses dados apontam para a necessidade de defender a preservação da vida, o respeito e a responsabilidade no uso do espaço público, permitindo o encontro entre as pessoas em um espaço de convivência social com equidade e segurança, primando pela preservação da vida. A psicologia tem muito a contribuir na conscientização da população por meio de ações diretas e indiretas sobre a sua importância em meio a essa transformação.

  • Palavras-chave
  • Políticas Públicas, Psicologia do Trânsito, Mobilidade Urbana, Mobilidade Humana
  • Modalidade
  • Comunicação oral
  • Área Temática
  • Eixo G: PSICOLOGIA, POLÍTICAS PÚBLICAS, MOBILIDADE HUMANA E TRÂNSITO
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Ao longo dos anos os campos de práticas em Psicologia vêm se ampliando e alcançando os mais variados âmbitos, principalmente se considerarmos os avanços das políticas sociais, bem como o atual quadro de retrocessos enfrentados na presente conjuntura de crise social e política que, por sua vez, influencia direta ou indiretamente nos espaços em que a psicologia ocupa.

Atualmente, as políticas públicas se configuram como o espaço de grande inserção desses profissionais, como discutido por Mandelbaum (2012) que vê o campo social como “território fértil”, um verdadeiro laboratório para a produção em Ciências Humanas, uma vez que cada vez mais o social e o psicológico são concebidos de modo indissociável.

Com o objetivo de visibilizar práticas ligadas à psicologia e políticas públicas, bem como de interiorizar e desse modo divulgar o que tem sido proposto e desenvolvido no estado baiano, o Centro de Referência Técnica em Psicologia e Políticas Públicas (CREPOP), órgão operacional do Conselho Regional de Psicologia 3ª região (CRP-03), tem procurado construir espaços coletivos de discussão, convocando a categoria e os estudantes de Psicologia a repensarem seus papéis nas políticas públicas e assim potencializar os espaços de atuação em todas as suas instâncias.

A Mostra de Práticas em Psicologia e Políticas Públicas concretiza esse papel. Desde sua primeira edição, em 2016, agrega trabalhos de todo o estado da Bahia, evidenciando a pluralidade do fazer psi nesse território.

Em sua terceira edição, a Mostra celebrou os 15 anos do Centro de Referência Técnica em Psicologia e Políticas Públicas (CREPOP) na Bahia e pautou os seguintes eixos temáticos nos trabalhos submetidos e nos debates da programação em geral: a) PSICOLOGIA E POLÍTICAS PÚBLICAS PARA A POPULAÇÃO LGBTQI+, SEXUALIDADES E QUESTÕES DE GÊNERO; b) PSICOLOGIA, POLÍTICAS PÚBLICAS E RELAÇÕES ÉTNICO-RACIAIS; c) PSICOLOGIA, POLÍTICAS PÚBLICAS E EDUCAÇÃO; d) PSICOLOGIA E POLÍTICAS PÚBLICAS DE SAÚDE; e) PSICOLOGIA E SISTEMA ÚNICO DE ASSISTÊNCIA SOCIAL; f) PSICOLOGIA EM INTERFACE COM A JUSTIÇA; g) PSICOLOGIA, POLÍTICAS PÚBLICAS, MOBILIDADE HUMANA E TR NSITO; h) PSICOLOGIA, POLÍTICAS PÚBLICAS, TRABALHO E ORGANIZAÇÕES; i) PSICOLOGIA E POLÍTICAS PÚBLICAS NO ENFRENTAMENTO DA PANDEMIA DA COVID-19.

  • Eixo A: PSICOLOGIA E POLÍTICAS PÚBLICAS PARA A POPULAÇÃO LGBTQIA+, SEXUALIDADES E QUESTÕES DE GÊNERO
  • Eixo B: PSICOLOGIA, POLÍTICAS PÚBLICAS E RELAÇÕES ÉTNICO-RACIAIS
  • Eixo C: PSICOLOGIA, POLÍTICAS PÚBLICAS E EDUCAÇÃO
  • Eixo D: PSICOLOGIA E POLÍTICAS PÚBLICAS DE SAÚDE
  • Eixo E: PSICOLOGIA E SISTEMA ÚNICO DE ASSISTÊNCIA SOCIAL
  • Eixo F: PSICOLOGIA EM INTERFACE COM A JUSTIÇA
  • Eixo G: PSICOLOGIA, POLÍTICAS PÚBLICAS, MOBILIDADE HUMANA E TRÂNSITO
  • Eixo H: PSICOLOGIA, POLÍTICAS PÚBLICAS, TRABALHO E ORGANIZAÇÕES
  • Eixo I: PSICOLOGIA E POLÍTICAS PÚBLICAS NO ENFRENTAMENTO DA PANDEMIA DA COVID-19

ORGANIZAÇÃO DOS ANAIS 
Natani Evlin Lima Dias 
Pablo Mateus dos Santos Jacinto 
Gabriela Evangelista Pereira

COMISSÃO ORGANIZADORA

Conselho Regional de Psicologia da 3ª Região
Centro de Referência Técnica em Psicologia e Políticas Públicas (CREPOP)

Gabriela Evangelista Pereira (CRP-03/6656)
Monaliza Cirino de Oliveira (CRP-03/9621)
Natani Evlin Lima Dias (CRP-03/16212)
Pablo Mateus dos Santos Jacinto (CRP-03/14425)
Renan Vieira de Santana Rocha (CRP-03/11280)

COMISSÃO CIENTÍFICA

Gabriela Evangelista Pereira (CRP-03/6656)
Monaliza Cirino de Oliveira (CRP-03/9621)
Natani Evlin Lima Dias (CRP-03/16212)
Pablo Mateus dos Santos Jacinto (CRP-03/14425)
Renan Vieira de Santana Rocha (CRP-03/11280)

 

AVALIADORAS/ES

Ailena Júlie Silva Conceição
Alana Oliveira Cintra Pedreira
Ana Caroline Moura Cabral
Candice Santana Souza de Oliveira
Carmem Virgínia Moraes da Silva
Cintia Palma Bahia
Claudson Cerqueira Santana
Denise Viana Silva
Gabriela Evangelista Pereira
Giuliano Almeida Gallindo
Glória Maria Machado Pimentel
Iara Maria Alves da Cruz Martins
Jaqueline de Lima Braz Santos
Lara Araújo Roseira Cannone
Lívia Guimarães Farias
Luana Souza Barros Palmeira
Mailson Santos Pereira
Monaliza Cirino de Oliveira
Natani Evlin Lima Dias
Pablo Mateus dos Santos Jacinto
Renan Vieira de Santana Rocha
Rodrigo Márcio Santana
Ruthe Castro de Aquino Pinheiro
Silier Andrade Cardoso Borges
Thais Santos Ouais
Thaís Teixeira Cardoso
Tiago Ferreira da Silva
Valdineia Aragao dos Santos
Vanina Miranda da Cruz
Washington Luan Gonçalves de Oliveira

 

Equipe CREPOP:

crepop03@crp03.org.br