Letramento científico mediado pelas praticas educativas não formais com a população em situação de rua de Alagoinhas-BA: Um relato de experiência

  • Autor
  • ARIEL DANTAS BARBOSA
  • Resumo
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    É possível considerar que um cidadão é letrado não apenas  por saber sabe ler o vocabulário científico, mas que seja capaz de conversar, discutir, ler e escrever coerentemente em um contexto não-técnico, na comunidade, ensinando como se planta, como se colhe, falando das suas estratégias para viver de acordo as suas necessidades individuais e sociais. Temos como exemplo o letramento social que, sugere a participação ativa do indivíduo na sociedade, em questões de desigualdade social, em que grupos minoritários, geralmente discriminados por raça, sexo e condição social, também pudessem atuar diretamente pelo uso do conhecimento científico. São estratégias desenvolvidas através de valores que se relacionam aos interesses coletivos. Uma pessoa letrada é aquela que tem acesso à cultura e pode ser capaz de mover-se além dela para criar novas formas de cultura dando lugar a vários conhecimentos e a todas as classes. A partir disso, começamos a nos questionar de que maneira essas questões podem ajudar a população em situação de rua, que vivem a margem da sociedade e vulnerável a eventos ambientais como frio, calor, chuva, fome, dentre outros e as diversas violências, pensando nisso, traremos as práticas educativas como oficinas culturais, afinal, é preciso entender que, a educação, é um fator presente na vida e nas relações humanas de todos, direta ou indiretamente. Nessa dialética, e nesse processo de vida, estamos sempre imersos em ambientes que direta ou indiretamente são educativos, para muitos, isso ainda é surpreendente, porque, fomos ensinados que o único ambiente educativo é a escola, sendo esta, a educação formal. Nesse trabalho, teremos o minucioso cuido de abordar a educação não formal, importante ressaltar que educação não formal não é inverso de educação formal, nenhuma e nem outra são opostas. A educação não formal, de forma simples e direta abrange processos educativos que acontecem fora do sistema oficial de ensino em que estamos acostumados. É pensando sobre isso que esse trabalho se constrói com objetivo de promover oficinas culturais onde serão trabalhado letramento cientifico mediado pelas praticas educativas não formais para o despertar da consciência crítica da população em situação de rua da cidade de Alagoinhas-BA. E tentando responder a seguinte questão: De que maneira letramento científico mediado pelas praticas educativas não formais podem despertar a consciência crítica da população em situação de rua da cidade de Alagoinhas-Ba? A pesquisa se constituirá como pesquisa qualitativa exploratória, participante onde todo o percurso se deu no Abrigo para população em situação de rua feito pela prefeitura. Os temas foram pautados nas questões mais importantes para o grupo, sendo este um ponto fundamental para as atividades a serem elaboradas e para o desenvolvimento das ações educativas. Assim, as oficinas culturais mediada pelas práticas educativas não formais com a população de rua de Alagoinhas-BA foi configurada como momentos de compartilhamento de ações pertinentes aos contextos dos indivíduos e grupos. Estes encontros, mediados por diversos fazeres e experiências, colocaram em pauta as diferentes produções de significados, baseadas nos processos de alteridade dos sujeitos envolvidos nas oficinas. Podemos dizer então que, foi possível perceber o compartilhamento das diferentes formas de produção e significação dos fazeres individuais e coletivos; no reconhecimento de saberes e práticas subjugados no contexto social mais amplo, e na produção de um espaço democrático, capaz de reconhecer e valorizar diferentes práticas locais e suas significações.

     

  • Palavras-chave
  • educação, Letramento científico, ENF, população em situação de rua.
  • Modalidade
  • Comunicação oral
  • Área Temática
  • Eixo C: PSICOLOGIA, POLÍTICAS PÚBLICAS E EDUCAÇÃO
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Ao longo dos anos os campos de práticas em Psicologia vêm se ampliando e alcançando os mais variados âmbitos, principalmente se considerarmos os avanços das políticas sociais, bem como o atual quadro de retrocessos enfrentados na presente conjuntura de crise social e política que, por sua vez, influencia direta ou indiretamente nos espaços em que a psicologia ocupa.

Atualmente, as políticas públicas se configuram como o espaço de grande inserção desses profissionais, como discutido por Mandelbaum (2012) que vê o campo social como “território fértil”, um verdadeiro laboratório para a produção em Ciências Humanas, uma vez que cada vez mais o social e o psicológico são concebidos de modo indissociável.

Com o objetivo de visibilizar práticas ligadas à psicologia e políticas públicas, bem como de interiorizar e desse modo divulgar o que tem sido proposto e desenvolvido no estado baiano, o Centro de Referência Técnica em Psicologia e Políticas Públicas (CREPOP), órgão operacional do Conselho Regional de Psicologia 3ª região (CRP-03), tem procurado construir espaços coletivos de discussão, convocando a categoria e os estudantes de Psicologia a repensarem seus papéis nas políticas públicas e assim potencializar os espaços de atuação em todas as suas instâncias.

A Mostra de Práticas em Psicologia e Políticas Públicas concretiza esse papel. Desde sua primeira edição, em 2016, agrega trabalhos de todo o estado da Bahia, evidenciando a pluralidade do fazer psi nesse território.

Em sua terceira edição, a Mostra celebrou os 15 anos do Centro de Referência Técnica em Psicologia e Políticas Públicas (CREPOP) na Bahia e pautou os seguintes eixos temáticos nos trabalhos submetidos e nos debates da programação em geral: a) PSICOLOGIA E POLÍTICAS PÚBLICAS PARA A POPULAÇÃO LGBTQI+, SEXUALIDADES E QUESTÕES DE GÊNERO; b) PSICOLOGIA, POLÍTICAS PÚBLICAS E RELAÇÕES ÉTNICO-RACIAIS; c) PSICOLOGIA, POLÍTICAS PÚBLICAS E EDUCAÇÃO; d) PSICOLOGIA E POLÍTICAS PÚBLICAS DE SAÚDE; e) PSICOLOGIA E SISTEMA ÚNICO DE ASSISTÊNCIA SOCIAL; f) PSICOLOGIA EM INTERFACE COM A JUSTIÇA; g) PSICOLOGIA, POLÍTICAS PÚBLICAS, MOBILIDADE HUMANA E TR NSITO; h) PSICOLOGIA, POLÍTICAS PÚBLICAS, TRABALHO E ORGANIZAÇÕES; i) PSICOLOGIA E POLÍTICAS PÚBLICAS NO ENFRENTAMENTO DA PANDEMIA DA COVID-19.

  • Eixo A: PSICOLOGIA E POLÍTICAS PÚBLICAS PARA A POPULAÇÃO LGBTQIA+, SEXUALIDADES E QUESTÕES DE GÊNERO
  • Eixo B: PSICOLOGIA, POLÍTICAS PÚBLICAS E RELAÇÕES ÉTNICO-RACIAIS
  • Eixo C: PSICOLOGIA, POLÍTICAS PÚBLICAS E EDUCAÇÃO
  • Eixo D: PSICOLOGIA E POLÍTICAS PÚBLICAS DE SAÚDE
  • Eixo E: PSICOLOGIA E SISTEMA ÚNICO DE ASSISTÊNCIA SOCIAL
  • Eixo F: PSICOLOGIA EM INTERFACE COM A JUSTIÇA
  • Eixo G: PSICOLOGIA, POLÍTICAS PÚBLICAS, MOBILIDADE HUMANA E TRÂNSITO
  • Eixo H: PSICOLOGIA, POLÍTICAS PÚBLICAS, TRABALHO E ORGANIZAÇÕES
  • Eixo I: PSICOLOGIA E POLÍTICAS PÚBLICAS NO ENFRENTAMENTO DA PANDEMIA DA COVID-19

ORGANIZAÇÃO DOS ANAIS 
Natani Evlin Lima Dias 
Pablo Mateus dos Santos Jacinto 
Gabriela Evangelista Pereira

COMISSÃO ORGANIZADORA

Conselho Regional de Psicologia da 3ª Região
Centro de Referência Técnica em Psicologia e Políticas Públicas (CREPOP)

Gabriela Evangelista Pereira (CRP-03/6656)
Monaliza Cirino de Oliveira (CRP-03/9621)
Natani Evlin Lima Dias (CRP-03/16212)
Pablo Mateus dos Santos Jacinto (CRP-03/14425)
Renan Vieira de Santana Rocha (CRP-03/11280)

COMISSÃO CIENTÍFICA

Gabriela Evangelista Pereira (CRP-03/6656)
Monaliza Cirino de Oliveira (CRP-03/9621)
Natani Evlin Lima Dias (CRP-03/16212)
Pablo Mateus dos Santos Jacinto (CRP-03/14425)
Renan Vieira de Santana Rocha (CRP-03/11280)

 

AVALIADORAS/ES

Ailena Júlie Silva Conceição
Alana Oliveira Cintra Pedreira
Ana Caroline Moura Cabral
Candice Santana Souza de Oliveira
Carmem Virgínia Moraes da Silva
Cintia Palma Bahia
Claudson Cerqueira Santana
Denise Viana Silva
Gabriela Evangelista Pereira
Giuliano Almeida Gallindo
Glória Maria Machado Pimentel
Iara Maria Alves da Cruz Martins
Jaqueline de Lima Braz Santos
Lara Araújo Roseira Cannone
Lívia Guimarães Farias
Luana Souza Barros Palmeira
Mailson Santos Pereira
Monaliza Cirino de Oliveira
Natani Evlin Lima Dias
Pablo Mateus dos Santos Jacinto
Renan Vieira de Santana Rocha
Rodrigo Márcio Santana
Ruthe Castro de Aquino Pinheiro
Silier Andrade Cardoso Borges
Thais Santos Ouais
Thaís Teixeira Cardoso
Tiago Ferreira da Silva
Valdineia Aragao dos Santos
Vanina Miranda da Cruz
Washington Luan Gonçalves de Oliveira

 

Equipe CREPOP:

crepop03@crp03.org.br