A ATUAÇÃO DO/A PSICÓLOGO/A NO CRAS: REFLEXÕES A PARTIR DE UMA EXPERIÊNCIA DE ESTÁGIO

A ATUAÇÃO DO/A PSICÓLOGO/A NO CRAS: REFLEXÕES A PARTIR DE UMA EXPERIÊNCIA DE ESTÁGIO

• Autor
• Fabiana Encarnação Gouveia
• Co-autores
• Jarlan Miranda dos Santos , Laisa Ferreira Machado , Matheus Mendes dos Santos , Jéssica da Silva Dias dos Santos
• Resumo

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  O Centro de Referência de Assistência Social (CRAS) é a principal porta de entrada para os serviços ofertados pelo Sistema Único de Assistência Social. Através desse equipamento público, as famílias, os grupos e/ou indivíduos, que vivem em situação de risco social ou vulnerabilidade, passam a ter acesso a serviços, programas e benefícios sociais, possibilitando a superação de situações de fragilidades sociais vivenciadas. Ao compor a equipe técnica do CRAS, atuando por meio da oferta de serviços continuados de proteção social básica, o/a Psicólogo/a desenvolve prática de forma individual, coletiva ou sociocomunitária. Neste sentido, esse trabalho tem como objetivo apresentar as práticas de estágio desenvolvidas por estagiárias de psicologia em um CRAS em uma cidade no interior da Bahia. Os dados foram produzidos a partir da observação das práticas desenvolvidas, as quais foram registradas em diários de campo, fotografias e vídeos, servindo como base de análise do presente trabalho. As práticas foram iniciadas com um primeiro contato com a equipe técnica do serviço, quando foi debatido sobre as demandas da população atendida pelo CRAS e iniciado o planejamento acerca das futuras práticas a serem desenvolvidas pela equipe. Com a pandemia da COVID-19, no primeiro semestre de 2021, não foi possível realizar ações coletivas ou sociocomunitárias pelo CRAS. Entretanto, esse contexto pandêmico possibilitou a realização de uma ação de conscientização sobre as festas juninas, com a proposta de colaborar também com as práticas de prevenção à COVID-19, ao mesmo tempo em que possibilitava a valorização da arte e cultura local e buscava construir com as famílias condições mais seguras de vivenciar os festejos juninos. No mês de agosto, diante da campanha do “Agosto Lilás”, assim como em virtude das demandas identificadas nos atendimentos, foi realizado uma “Roda de Conversa” com mulheres que são acompanhadas pelo CRAS com o tema da violência doméstica. Além destas práticas, destacamos as ações de busca ativa por meio das visitas domiciliares realizadas com a equipe do CRAS. Embora esta se constitua como uma das estratégias potentes no âmbito do trabalho socioassistencial, em nossa experiência o desenvolvimento desta ação foi marcado por importantes barreiras e dificuldades. Por um lado, foi possível perceber o despreparo dos profissionais na realização de ações no território, por outro, deparamo-nos com a falta de recursos para a viabilização da referida ação como, por exemplo, a disponibilidade de veículo para o transporte da equipe. Por fim, consideramos que as ações coletivas se constituíram como espaços potentes de compartilhamento de vivências e de construção de conhecimento de forma coletiva e dialogada, assim como a construção de laços de sociabilidade e maior vinculação entre a equipe do serviço e os/as demandatários/as. Assim, promovendo acesso aos serviços e usufruto de direito, desse modo, possibilitando a superação de situações de fragilidades sociais vivenciadas.

• Palavras-chave
• Sistema Único de Assistência Social; Centro de Referência de Assistência Social; Atuação da Psicologia no CRAS.
• Modalidade
• Comunicação oral
• Área Temática
• Eixo E: PSICOLOGIA E SISTEMA ÚNICO DE ASSISTÊNCIA SOCIAL