A Importância da escuta psicológica no processo de formação de mediadores

A Importância da escuta psicológica no processo de formação de mediadores

• Autor
• NÉRIA SILVA RIBEIRO
• Co-autores
• Rafael Andrade de Souza
• Resumo

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  A Importância da escuta psicológica no processo de formação de mediadores.

  Palavras-chave: Mediação, Justiça Restaurativa, Psicologia

  O Núcleo de Práticas Jurídicas da Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia (Uesb), reúne parte das atividades de extensão do curso de graduação em direito, do campus de Vitória da Conquista/BA. Dentre os serviços ofertados estão as audiências de mediação, que em uma perspectiva da justiça restaurativa, busca auxiliar as partes envolvidas em litígio a encontrarem juntas uma melhor maneira de solucionar o conflito. Esse serviço ocorre em uma disciplina ministrada por professor efetivo da área de direito, que possui formação em mediação. Ele conduz as audiências auxiliado por um dos estudantes de graduação. Devido a pandemia da Covid-19, o formato de vídeo chamada, pelo Google Meet, foi adotado como forma de contato para efetivação do procedimento, com prévio aviso e autorização das partes. Cada audiência de mediação tem duração de aproximadamente noventa minutos. No início, o mediador informa as regras: cada um deve escutar o que outro diz, não se deve interromper ou utilizar termos ofensivos. A primeira pessoa a falar é aquela que solicitou atendimento do núcleo jurídico, em seguida, a parte contrária tem igual tempo de fala para fazer suas colocações. Logo após, num segundo momento, o mediador solicita que a parte requerente se ausente da sala, ocorre a escuta da parte contrária, em seguida essa pessoa se ausenta e o requerente retorna para complementar seu discurso inicial ou levantar novas proposições.  Por fim, num terceiro momento, as partes têm a possibilidade de fazerem considerações uma a outra. É comum que ocorra mais de um encontro, pois, poucos são os casos que chegam a um acordo na primeira audiência. A psicóloga e os estudantes observam, após a saída das partes, ocorre a discussão do caso, em que a psicóloga pontua suas impressões. Essa profissional é técnica da universidade, vinculada a um programa de extensão destinado à defesa dos direitos de crianças e adolescentes. Essa é uma experiência piloto que busca agregar em um único local físico diversos serviços.  O principal objetivo da profissional de psicologia é auxiliar os estudantes de direito no desenvolvimento de uma escuta qualificada, uma vez que prevalece na formação das áreas jurídicas uma perspectiva dogmática. Tal atuação é relevante, pois ao escutar e compreender o que cada parte expõe de forma explicita ou implícita, observa pontos de impasse, o que permite auxiliar na resolução dos conflitos, favorecendo a autonomia de cada um dos envolvidos e contribuindo para a celeridade do processo de mediação.

• Palavras-chave
• Mediação, Justiça Restaurativa, Psicologia
• Modalidade
• Comunicação oral
• Área Temática
• Eixo F: PSICOLOGIA EM INTERFACE COM A JUSTIÇA