Aguentar a dor do parto normal ou optar pela cesárea? Revisão através das representações sociais

Aguentar a dor do parto normal ou optar pela cesárea? Revisão através das representações sociais

• Autor
• Hugo Tanizaka
• Co-autores
• Helen Brito
• Resumo

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  Este trabalho leva ao leitor a questionar a importância das representações sociais relacionadas a decisões, neste contexto, a decisão das gestantes em Cesárea e parto normal. Para debater este tema devemos compreender as representações sociais que a gestante está envolvida, bem como a história de vida, relações grupais e mídias sociais, cujo vão influencia-las sobre o parto, levando em consideração a dor do parto normal e a rapidez da cesárea. Deste modo, o presente trabalho visa compreender a escolha do parto, e alcançar a maior compreensão sobre a “cultura da cesárea”, ou seja, do alto índice de partos cirúrgicos no Brasil e discutir possíveis intervenções no campo da Psicologia da Saúde que facilitem a compreensão e importância da participação das Mulheres na escolha e preparação para o seu parto. Para a elaboração da pesquisa foi utilizado a revisão bibliográfica com o Método Prisma sobre as Representações Sociais (RS) das Mulheres a respeito do Parto Normal, para tal foram selecionados artigos científicos em quatro portais acadêmicos e científicos: Google Acadêmico, Portal Capes, Bireme e Scielo. Após análise de conteúdo, podemos perceber que a escolha do parto está relacionada a representação social da mulher, estas adquirem conhecimentos sobre o parto através de experiências próximas e mídias, e todas ressaltam a dor do parto normal que diante do medo do desconhecido a mulher começa a vivências angustias e ansiedade. Esses sentimentos gerados pelo medo e impotência, podem fortalecer o pensamento da cesárea ou fortalecer a visão de parto normal idealizado, cujas dores suportáveis e naturais são vividas como as “dores de mãe”. Quando a gestante opta pela cesárea ela pode estar passando por um processo de independência de cuidados voltadas para a equipe de cirurgia, que através do modelo biomédico responde aos anseios das mulheres. Assim, pode-se falar que o parto continua visto como momento amedrontador, que precisa ser enfrentado com a ajuda de profissionais. Esse fenômeno é fortalecido pela carência de informação adequada às mulheres sobre as etapas da parturição. Considerando os resultados encontrados sobre a representação social do parto normal e a cultura da Cesárea, destacou-se a necessidade de uma assistência humanizada, do respeito da equipe, da presença do acompanhante na sala de parto e o medo da Dor do Parto Normal. É urgente a necessidade de uma Educação em Saúde no Pré-Natal que possibilite a gestante informação e participação ativa na escolha do tipo de Parto, onde ela possa se aproximar de sua história, da sua cultura familiar a respeito do lugar da mulher na sociedade. Para que isto ocorra, é necessária uma equipe transdisciplinar onde o Psicólogo da Saúde possa desenvolver o trabalho de facilitador das emergências emocionais, das fantasias aterrorizantes do momento do trabalho de parto, da impotência para lidar com a Dor e as necessidades individuais, utilizando o método em grupos de reflexão, grupos de apoio ou grupos operativos fortalecendo os vínculos e a formação de redes de apoio que possibilitem a aproximação das Representações Sociais que façam sentido a cada uma delas.

   

• Palavras-chave
• Representação Social, Cultura da Cesárea, Parto Normal
• Modalidade
• Vídeos
• Área Temática
• Eixo D: PSICOLOGIA E POLÍTICAS PÚBLICAS DE SAÚDE