A América Latina, enquanto espaço geográfico e epistêmico caracterizado por sua multiplicidade, produz contrapontos à lógica hegemônica da modernidade/colonialidade, sobretudo, a partir de meados do século XX. Este estudo analisa duas correntes de pensamento emergentes na região que abordam as problemáticas locais a partir de uma perspectiva crítica: a teoria desenvolvida pela Comissão Econômica para a América Latina e o Caribe (Cepal), formuladas na década de 1950, e a Perspectiva Decolonial, que ganha destaque na década de 1990. A partir de uma abordagem sócio-histórica, esta análise explora os pontos de convergência e divergência entre essas teorias, as proposições de seus principais intelectuais, os contextos históricos e as propostas teóricas. A análise também destaca os caminhos percorridos por ambas escolas de pensamento, evidenciando seus pontos de aproximações e distanciamentos. Ao final conclui que, tanto a Cepal quanto a teoria Decolonial compartilham alguns pontos comuns que se entrecruzam, como a noção centro periferia, a rupturas com os paradigmas dominantes e a proposição de uma sociedade assentada em um modelo de desenvolvimento econômico mais inclusivo. Ao investigar essas aproximações, o estudo evidencia contribuições relevantes para a superação das estruturas de desigualdade e subordinação herdadas da colonização.
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