Este artigo analisa os processos de modernização na Palestina e a construção de sua diáspora, a partir de uma perspectiva de Geopolítica Decolonial. O trabalho parte da análise do impacto da Nakba (1948) sobre os palestinos, considerando a modernidade como um fenômeno não linear, marcado por rupturas e contradições. O marco teórico do estudo inclui os referenciais de Eric Hobsbawm, Ilan Pappé, Manuel Castells, Theodor Adorno, Max Horkheimer e Frantz Fanon, que discutem a modernidade, a colonialidade e a resistência. O corpus do trabalho é constituído por documentos históricos, narrativas sobre a Nakba e textos que abordam a geopolítica no Oriente Médio. A metodologia é qualitativa, com base na análise de textos, arquivos históricos e a revisão de literatura sobre o processo colonial no Oriente Médio. O artigo investiga como a modernidade, muitas vezes associada ao progresso, esteve ligada ao colonialismo, à imposição de fronteiras e à construção de identidades periféricas, especialmente no caso palestino. A pesquisa também reflete sobre como os deslocamentos forçados e a resistência palestina se inserem no debate sobre a geopolítica decolonial, desafiando a narrativa dominante de progresso global. Os resultados demonstram que a modernidade no Oriente Médio, longe de ser um processo de desenvolvimento linear, tem sido uma ferramenta de opressão e exploração, e que a diáspora palestina emerge como uma resposta histórica e política a essas dinâmicas.
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