A psicologia enquanto ciência é atravessada por diversas áreas de conhecimento que visam discutir a construção das subjetividades dos sujeitos. Uma dessas áreas é a psicologia do desenvolvimento, ou ciência do desenvolvimento, cujo a base é analisar os fatores que interferem no desenvolvimento das pessoas, levando em consideração os aspectos sociais, psicológicos e biocomportamental. O caminho para o pensamento decolonial é pensar na construção de outras formas de saberes que levem em consideração marcadores como raça, classe, gênero, território como influencias no desenvolvimento humano. Para essa construção utilizamos como metodologia a análise bibliográfica no qual se buscou um paralelo em relação às teorias clássicas da psicologia do desenvolvimento, da psicologia afroperspectivada e das ciências sociais que discutem sobre racismo e racialidade no Brasil. Uma das bibliografias básicas foi o livro “Tornar-se negro”-As vicissitudes da Identidade do Negro Brasileiro em Ascensão Social de Neusa Santos Souza (2021), no qual a autora discute a partir da fala de pessoas negras o significado de ter esse marcador social. É um desafio construir discussões relacionadas a questão racial e a psicologia, apesar de avanço nos estudos envolvendo a saúde mental da população negra ainda existem áreas como a psicologia do desenvolvimento que precisamos ampliar a discussão incluindo epistemologias decoloniais e brasileiras, repensando assim a base de aprendizagem da psicologia, pois em grande parte ainda tem como teóricos de referência homens brancos, norte americanos e europeus.
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