Para esta análise evocamos os dispositivos teórico-metodológicos da Análise de Discurso, desenvolvida por Michel Pêcheux e Eni Orlandi, que reconhecem o discurso como um objeto teórico e estuda suas relações políticas, ideológicas e sócio-históricas. O presente trabalho busca analisar os discursos construídos sobre Lampião e sua representação no cangaço, que acarreta diferentes formas no processo de significação. Assim, buscamos compreender os discursos construídos sobre Lampião e o cangaço pelo imaginário social, como uma forma de questionar seu lugar social, o contexto em que os cangaceiros estavam inseridos e a maneira como eram jogados à própria sorte. Além de pensar sobre a representação da imagem de Lampião no cangaço e apresentar como esse movimento cangacista não pode ser analisado por meio de um viés que consagra a história Lampião criada pelo imaginário com única e verdadeira,comotambém, que as noções de bandido, vilão e/ou herói, Robin Hood do sertão são dizeres que o imaginário social criou para apagar e silenciar o verdadeiro cangaceiro que foi Virgulino Ferreira da Silva.
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