Em meio a tantas possibilidades incorporadas ao termo ativismo, a palavra midiartivismo aparece como aquela que tem como objetivo imbricar os conceitos que envolvem a mídia, a arte e o ativismo em uma só expressão. Pensar o midiartivimo é colocar em pauta artistas ou coletivos de artistas que criam, se organizam e se expressam por meio das redes sociais. Assim, o presente trabalho busca perceber o midiartivismo feminino negro presente nas legendas descritivas produzidas e publicadas no Instagram pela artista Íldima Lima sobre suas obras na exposição Negras Cabeças. A artista tem 39 anos e se formou em 2004 em Relações Públicas pela Universidade do Estado da Bahia (UNEB). Em 2017, criou um projeto chamado Ili arte afetiva que tem como objetivo desenvolver o protagonismo da mulher negra nas artes visuais. No ano de 2021, realizou uma exposição digital chamada Negras Cabeças, na qual busca ressignificar a mulher negra imageticamente, por meio das artes visuais como forma de representatividade do corpo negro. Toma-se como base teórica Freitas (2022), Assis (2006), Castell (1999), Moraes e Lima (2020) entre outros autores para apresentar o conceito de midiartivismo e discutir sobre o ativismo, o espaço digital como um meio horizontal e propício para o fazer artivista e a representação feminina negra no universo do midiartivismo. Utiliza-se da análise de conteúdo proposta por Bardin (2016) e Moraes (1999) como metodologia para entender o fazer midiartivista presente nas legendas descritivas como um mecanismo para subverter a lógica atribuída pela sociedade ao corpo da mulher negra.
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