O campo das artes tem passado por transformações profundas devido aos avanços tecnológicos, especialmente com a popularização da internet e dos smartphones nos últimos 15 anos. Essas mudanças forçaram os museus a repensarem suas estratégias curatoriais, de gestão e comunicação para se adaptarem a uma sociedade cada vez mais conectada. Surgiram novas formas de interação entre o público e os espaços de arte, além de dinâmicas inovadoras de fruição e aprendizado. Historicamente progressista e experimental, o setor artístico tem se adaptado às inovações, embora os campos da cultura e da museologia apresentem uma adaptação mais lenta. Enquanto a tecnologia avança, há um retrocesso nas esferas social, política e cultural, marcado por crises globais, xenofobia e o crescimento de movimentos de extrema direita, impulsionados por fake news. Assim, é impossível analisar o papel dos museus enquanto instituições de memória coletiva sem considerar o contexto atual, que envolve temas como migrações, decolonialidade, representatividade e crise climática, questões que têm impactado diretamente a produção artística. Este estudo, decorrente da pesquisa de doutorado da autora, visa traçar um panorama sobre os principais temas discutidos e reformulados no campo da arte, e os impactos dessas mudanças nos projetos artísticos e nas instituições museológicas, que vêm ganhando destaque em exposições, bienais e nos debates culturais e museológicos. A pesquisa busca compreender as transformações nas práticas e estratégias de museus e espaços culturais frente às demandas sociais e tecnológicas contemporâneas.
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