Pêcheux, produzindo uma metáfora em texto não publicado de seu espólio, afirma que Nietzsche é o quarto herói fundador da Tríplice Entente (Marx, Freud e Saussure), que pavimenta as bases da Análise do Discurso. Como no caso dos Três Mosqueteiros, Nietzsche estaria deslocado na trilogia e ocuparia um lugar enigmático nessa história. Pêcheux apresenta Nietzsche como condição de possibilidade para o surgimento da Análise de Discurso, tensionando o pensamento europeu ocidental para a possibilidade de novas perguntas. Apresenta-se, a partir desse mote, as principais linhas de força da filosofia nietzscheana no pensamento de Michel Pêcheux: a) a vida como vontade de potência; b) a crítica da linguagem como arma contra o idealismo; e c) a crítica às bases comuns do pensamento moderno. Demonstra-se ainda de que maneira essa relação entre Nietzsche e Pêcheux produz efeitos na obra de Eni Orlandi. Por fim, apresenta-se uma agenda de pesquisa para os próximos anos, tendo em vista as condições de produção latino-americanas.
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