A região do Alto Rio Negro é reconhecida por sua vasta biodiversidade e pela presença de comunidades tradicionais que vivem em harmonia com a natureza. A escola, enquanto espaço de formação integral, deve valorizar esse patrimônio ambiental e cultural, aproximando os estudantes de sua realidade sociocultural. Nesse sentido, o laboratório maker surge como ambiente de inovação, onde ciência, tecnologia e criatividade se unem em experiências .
A atividade relatada neste trabalho consistiu na realização de uma exposição sobre a fauna e a flora do Alto Rio Negro, utilizando o laboratório maker da escola como espaço de produção e aprendizagem. O projeto teve como princípio a educação para a sustentabilidade, articulando práticas de preservação ambiental com a valorização do conhecimento científico e cultural local.
Este relato tem como objetivo apresentar a experiência realizada no laboratório maker da escola, voltada para a produção de uma exposição sobre a fauna e a flora do Alto Rio Negro. A proposta buscou aliar inovação tecnológica e práticas sustentáveis ao estudo da biodiversidade amazônica, promovendo a sensibilização dos estudantes e da comunidade para a preservação ambiental e a valorização cultural.
A atividade foi desenvolvida com turmas do ensino fundamental e teve início com pesquisas bibliográficas e rodas de conversa sobre a diversidade ecológica do Alto Rio Negro.
Com base nesse levantamento, cada grupo de alunos ficou responsável por produzir modelos, maquetes e representações artísticas das espécies escolhidas. O laboratório maker foi o espaço central da criação, oferecendo impressoras 3D, kits de eletrônica simples, materiais recicláveis e ferramentas básicas. O uso combinado de tecnologia e recursos reaproveitados possibilitou a construção de peças inovadoras, que uniam estética, funcionalidade e consciência ambiental.
Na escola, a atividade contribuiu para ampliar o engajamento dos alunos com a aprendizagem prática e interdisciplinar. O laboratório maker tornou-se um espaço de experimentação criativa, permitindo que os estudantes relacionassem conhecimentos de Ciências, Artes, Tecnologia e Educação Ambiental. Além disso, os trabalhos colaborativos fortaleceram habilidades socioemocionais, como cooperação, protagonismo e responsabilidade.
Na comunidade, a exposição proporcionou um momento de encontro e valorização da cultura amazônica. Pais, professores e moradores puderam conhecer de forma interativa a riqueza da fauna e flora local, refletindo sobre os desafios ambientais enfrentados na região. A iniciativa despertou nos participantes um maior senso de pertencimento e cuidado em relação ao território, além de incentivar práticas sustentáveis no cotidiano.
A experiência da exposição no laboratório maker demonstrou que a educação inovadora pode unir ciência, tecnologia e cultura em prol da preservação ambiental. Os alunos não apenas aprenderam sobre a biodiversidade amazônica, mas também se tornaram agentes multiplicadores de consciência socioambiental. Dessa forma, a escola reafirmou seu papel de mediadora entre conhecimento e transformação social, consolidando o laboratório maker como espaço de criação, inovação e cidadania.
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