Este artigo constitui desdobramento de uma pesquisa que analisou as relações de trabalho na Amazônia e situa-se no contexto das políticas públicas da Educação do/no Campo, com ênfase na Resolução CNE/CEB nº 2/2008. Discute-se como esse marco normativo, embora represente um avanço ao reconhecer a educação como direito social, mantém contradições ao reproduzir lógicas urbanocêntricas presentes no PNE 2001-2010. A análise evidencia a tensão entre as demandas dos movimentos sociais e as políticas implementadas, ressaltando a necessidade de maior articulação entre instituições educacionais, gestores públicos e comunidades, à luz da perspectiva da gestão democrática. Conclui-se que a efetivação da Educação do Campo requer a superação de modelos padronizados de ensino e a consolidação de propostas que valorizem identidades, culturas e modos de vida dos trabalhadores/as, tendo a gestão democrática como princípio estruturante para a construção de uma educação emancipatória e contextualizada
Comissão Organizadora
PROPESP Eventos
Comissão Científica