O trabalho analisa as intersecções entre colonialidade, ciência e formação docente, tendo a eugenia como dispositivo de poder. A investigação qualitativa e bibliográfica discute como a ciência moderna legitimou hierarquias raciais e sociais, sustentando exclusões. A eugenia, apropriada por elites latino-americanas, consolidou-se como expressão do racismo científico, orientando políticas de branqueamento, higienismo e seleção imigratória. No campo educacional, impôs currículos eurocêntricos e deslegitimou outros saberes. Evidencia-se a permanência dessa lógica colonial em áreas como a genética, a inteligência artificial e o racismo algorítmico. Reconhece-se a docência como prática social estratégica, que requer pedagogia crítica e decolonial. As Leis 10.639/2003 e 11.645/2008 são marcos de ruptura, mas seguem ameaçadas por retrocessos. Conclui-se pela urgência de reorientar ciência e educação como campos de emancipação e dignidade, sobretudo em contextos periféricos e amazônicos..
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