O artigo apresenta a proposta Sehaypóri (“coleção de histórias” em Sateré-Mawé), que utiliza o audiovisual como estratégia educomunicativa para preservar e difundir narrativas tradicionais do povo Sateré-Mawé. A oralidade, base da transmissão de saberes, está ameaçada por fatores como urbanização e mídias hegemônicas. A pesquisa qualitativa, com observação participante e pesquisa-ação, realizou oficinas com professores da Licenciatura Intercultural Indígena da UEA, envolvendo escolha de histórias, produção de desenhos, gravação em língua materna e edição de vídeos. Os resultados indicam que o vídeo, sem substituir a oralidade, fortalece a identidade cultural, enriquece práticas pedagógicas e estimula autoria. Conclui que a educomunicação integra tradição e inovação, promovendo protagonismo docente e valorização dos saberes ancestrais.
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