Este estudo, sob a perspectiva da Etnomatemática, investiga a articulação entre saberes tradicionais e conhecimentos matemáticos nas áreas de números, grandezas e medidas, e educação financeira, mobilizados por mulheres indígenas artesãs não aldeadas da AMARN. A pesquisa qualitativa etnográfica envolveu rodas de conversa, observação participante, análise de produtos e registros fotográficos para compreender essa relação em meio às desigualdades de gênero enfrentadas. Os resultados indicam que essas mulheres transformam o fazer artesanal em espaço de resistência, empoderamento e transmissão de saberes. O estudo destaca a necessidade de abordagens pedagógicas que valorizem a epistemologia indígena e promovam a justiça cognitiva, especialmente na educação matemática e na inclusão econômica. As estratégias coletivas observadas para os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável 1 (erradicação da pobreza) e 5 (igualdade de gênero).
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