Resumo
O Projeto "Matemática Solidária" na EMEF José de Melo Sobrinho
O projeto "Matemática Solidária", desenvolvido na Escola Municipal de Ensino Fundamental (EMEF) José de Melo Sobrinho em Manacapuru, Amazonas, buscou inovar o ensino da matemática ao conectar conceitos abstratos à realidade social e econômica dos alunos. A iniciativa, descrita no trabalho "Matemática Solidária: Uma Proposta Inovadora de Ensino-Aprendizagem no Contexto Escolar Amazônico", teve como objetivo principal promover a educação financeira de forma prática e lúdica, mobilizando a comunidade escolar em uma ação de solidariedade.
Metodologia e Execução
O projeto foi estruturado em três fases distintas. A primeira, de mobilização e coleta, envolveu alunos, pais e a comunidade na doação de diversos itens, como roupas, brinquedos e alimentos. Essa etapa visava incutir a solidariedade e o senso de coletividade.
A segunda fase, de preparação e aprendizado, foi onde a inovação pedagógica realmente se destacou. Os alunos participaram ativamente na organização dos itens, precificando-os com a "Moeda Melo", uma moeda social criada especificamente para o projeto. Durante oficinas, eles aprofundaram seus conhecimentos em conceitos matemáticos como operações básicas, porcentagem e câmbio, preparando-se para a etapa final. O desempenho acadêmico dos alunos foi um critério para sua participação, incentivando o engajamento nos estudos.
A terceira e última fase foi a realização da Feira Social, onde a quadra da escola foi transformada em um grande bazar. Alunos atuaram como vendedores e caixas, aplicando em tempo real os conhecimentos adquiridos. Pais e membros da comunidade puderam adquirir a "Moeda Melo" por um valor simbólico, e o dinheiro arrecadado foi revertido em melhorias para a própria escola, reforçando o ciclo de responsabilidade e pertencimento.
Impacto e Resultados
O projeto demonstrou um impacto significativo tanto para o corpo docente quanto para os alunos e a comunidade. Para os professores, foi a prova de que a matemática pode se tornar uma ferramenta viva e prática, transformando alunos passivos em agentes ativos de seu próprio aprendizado.
Para os estudantes, a experiência foi transformadora. A oportunidade de atuar em papéis de vendedores e caixas foi empolgante, e a moeda social adicionou um elemento de jogo realista. Eles não apenas praticaram matemática, mas também desenvolveram autonomia, senso crítico sobre o consumo e responsabilidade social.
O projeto também fortaleceu o vínculo entre a escola e a comunidade, que se sentiu mais próxima e integrada ao processo educativo. A Feira Social não foi apenas um evento, mas uma manifestação da solidariedade e do poder da educação como um agente de transformação social. A iniciativa provou que, mesmo em contextos desafiadores, é possível inovar e conectar o conhecimento acadêmico à vida real, construindo uma sociedade mais justa e solidária.
Comissão Organizadora
PROPESP Eventos
Comissão Científica