Diante de uma realidade dissaborosa divulgada em dados e pesquisas relacionadas ao não hábito de ler livro e o analfabetismo funcional, em que o Brasil, especificamente, o Amazonas é apontado com taxas acima da média nacional, fez-se necessário realizar intervenções (práticas exitosas) que fossem contrárias às afirmações citadas como acesso à leitura mediada de livros literários que objetiva formar leitores autônomos, interessados e envolvidos nesse universo. Essas ações foram planejadas para que ocorressem durante todo o ano letivo, de forma que tivessem progresso monitorado e os próprios alunos percebessem os benefícios desenvolvidos durante o processo. Assim, todas as sextas-feiras seriam, exclusivamente, para atividades de leitura de livros literários realizadas dentro de sala de aula simultaneamente, para que nenhum aluno ficasse atrasado por alguns dos vários motivos (distrações) que eles dariam, se caso fosse para ler em suas casas. A escolha de livro literário é, justamente, por haver estórias longas e oferecer um aprofundamento maior das narrativas, explorando as temáticas, que inclusive, fossem voltadas a realidade deles e que tivessem exemplares disponíveis para todos os alunos, por isso, os livros selecionados foram do Programa Nacional do Livro e do Material Didático (PNLD), de sexto ao ano do ensino fundamental do Fundo Nacional do Desenvolvimento em Educação (FNDE), como “Uma longa caminhada até a água” de Linda Sue Park; “O dia que meu pai perdeu o emprego” de Wagner Costa e “Três Marias” de Rachel de Queiroz, respectivamente. Sendo assim, em cada aula, eram lidos três capítulos e em seguida, os alunos realizavam, por meio do acompanhamento de leitura, atividades de escrita e oralidade sobre o que foi lido. A partir dessa necessidade de comentar os fatos e interesses pelos personagens, foi criado para os alunos, um diário de escrita criativa, em que cada um recebeu um exemplar para escrever sobre os personagens e para os personagens, utilizando gêneros textuais com cartas, bilhetes e etc, além, de fazer pesquisas de autores e desenhos sobre o que imaginavam. Por fim, compartilhavam suas produções com os colegas de forma tranquila e entusiasmada. Desse modo, o processo de formação de leitores seria composto por um circuito intelectual, envolvendo as competências linguísticas fundamentais: primeiro, leitura dos capítulos; segundo, escrita criativa; terceiro, oralidade.
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