Este artigo analisa o avanço da racionalidade neoliberal na educação amazônica e suas implicações para a formação cidadã. Entendendo o neoliberalismo como governamentalidade (Foucault, 2008) que molda subjetividades (Dardot; Laval, 2016), observa-se a escola orientada por eficiência, meritocracia e empreendedorismo, em detrimento de sua função social. Com base em pesquisa bibliográfica e documental, demonstra-se que, na Amazônia, essa lógica aprofunda desigualdades e promove epistemicídio ao desvalorizar saberes tradicionais (Sousa et al., 2025). A análise de documentos como a BNCC e o Novo Ensino Médio, articulada a estudos sobre a educação regional, mostra que a racionalidade neoliberal corrói a cidadania, convertendo-a em gestão individual de riscos e ampliando exclusões que atingem sobretudo juventudes indígenas, ribeirinhas e periféricas. Defende-se, por fim, a urgência de resistir a essa lógica, reafirmando a escola como espaço de valorização de saberes plurais.
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