A literatura configura-se como um poderoso instrumento de conhecimento e transformação social, capaz de ampliar nossas percepções sobre a realidade e a diversidade humana. Este potencial crítico é particularmente evidente quando analisamos a produção literária brasileira em seus primórdios. O Quinhentismo, gênero marcado pelos relatos de viajantes e colonizadores, não apenas registrou o primeiro contato com as terras e os povos originários, mas também atuou na construção de uma visão de mundo colonialista e etnocêntrica. O presente resumo descreve uma atividade pedagógica intitulada “Redescobrindo o Brasil”, desenvolvida com alunos do ensino médio em Manaus, que utilizou justamente esses textos fundadores para promover uma reflexão crítica. Os resultados evidenciaram a potência da literatura como ferramenta para desconstruir estigmas históricos, valorizar saberes silenciados e fomentar uma educação mais plural e consciente, profundamente conectada à realidade sociocultural da Amazônia.
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