PROJETO ASTROS: TELESCÓPIO AUTOMATIZADO ASSISTIDO POR SOFTWARE COMO ALTERNATIVA AO MÉTODO TRADICIONAL DE ENSINO.

  • Autor
  • Sandiego de Moraes Pereira
  • Co-autores
  • Beatriz da Silva Queiroz , Marcela Beatriz Martins Torres , Sigmon Finoti Maineti Filho
  • Resumo
  • Relato de Experiência – Projeto Astros

    O Projeto Astros surgiu como resposta à necessidade de tornar o ensino de Astronomia e Física mais acessível, interativo e estimulante para estudantes da Educação Básica. A iniciativa foi concebida e desenvolvida por alunos do ensino médio da Fundação Matias Machline, em parceria com docentes, com o objetivo de aproximar os jovens da ciência por meio de tecnologias inovadoras e experiências práticas.

    A proposta consiste no desenvolvimento de um telescópio automatizado assistido por software e realidade virtual. Diferente de equipamentos comerciais caros, o Astros foi construído do zero utilizando materiais acessíveis, como canos de PVC e MDF, aliados a peças modeladas em 3D e a sistemas eletrônicos controlados por microprocessadores. Toda a parte mecânica, elétrica e operacional foi elaborada pela própria equipe, que enfrentou desafios de calibração, integração entre hardware e software e ajustes estruturais até alcançar um protótipo funcional. Essas dificuldades foram superadas com persistência, estudo e colaboração, resultando em um equipamento robusto, de baixo custo e adaptado ao ambiente escolar.

    Além da construção física, o projeto conta com um aplicativo educacional intuitivo, que permite alinhar automaticamente o telescópio com astros, controlar seus movimentos via dispositivo móvel, acessar notícias atualizadas da NASA, explorar catálogos celestes e até mesmo preparar alunos para olimpíadas científicas. O módulo de realidade virtual ampliou ainda mais o potencial pedagógico, possibilitando a observação simulada do céu a qualquer hora, inclusive em dias nublados, proporcionando uma experiência imersiva e inclusiva.

    A aplicação prática ocorreu inicialmente na própria Fundação, envolvendo alunos do primeiro ano do ensino médio, e posteriormente foi apresentada na Feira de Tecnologia e Inovação da instituição. O Projeto Astros foi um dos destaques do evento, recebendo feedbacks positivos de avaliadores, professores e visitantes. Os alunos participantes, desde o ensino fundamental até o médio, mostraram entusiasmo ao interagir com o telescópio e com o aplicativo, demonstrando que a proposta cumpriu seu papel de transformar conteúdos abstratos em experiências concretas. Professores também reconheceram o valor pedagógico do Astros, destacando seu potencial para dinamizar aulas e incentivar a curiosidade científica.

    Essa vivência em campo consolidou a percepção de que o projeto não apenas promove engajamento estudantil, mas também contribui para uma educação mais inclusiva, ao oferecer ferramentas que respeitam diferentes ritmos e estilos de aprendizagem. O Astros se apresenta, assim, como um agente de transformação social, capaz de democratizar o acesso à ciência e de ser replicado em diferentes realidades escolares.

    Em resumo, o Projeto Astros demonstra que é possível unir criatividade, inovação e compromisso educacional para impactar de forma significativa o processo de ensino-aprendizagem. Seu desenvolvimento reforça a importância da experimentação prática, da interdisciplinaridade e da perseverança, apontando caminhos para uma educação científica mais dinâmica, equitativa e conectada às demandas da sociedade contemporânea.

  • Palavras-chave
  • Astronomia educacional; Inclusão tecnológica; Realidade virtual; Democratização da ciência; Educação.
  • Modalidade
  • Exposição
  • Área Temática
  • I FICTEA - EIXO 1 - Inovação, Educação Especial e Inclusão em contextos amazônicos: explorar metodologias; processos educativos inovadores; experiências, práticas; tecnologias em espaços educacionais amazônicos
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  • I FICTEA - EIXO 1 - Inovação, Educação Especial e Inclusão em contextos amazônicos: explorar metodologias; processos educativos inovadores; experiências, práticas; tecnologias em espaços educacionais amazônicos
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