A espécie Pseudobombax munguba (Mart. & Zucc.) Dugand se apresenta como árvore de destaque da várzea inundada e com grandes frutos vermelhos. A produção e abundância desses frutos na região amazônica é anual. E, quanto maior o fruto, maior será a quantidade de paina. A sua exploração em escala é um importante requisito para atender ao mercado global. Nesse sentido, a utilização da paina da munguba é uma alternativa sustentável para confecção de gazes hospitalares e fibra de absorção para remover esmalte em unha. Nosso objetivo é proporcionar através deste projeto alternativas sustentáveis para o mercado da bioeconomia, além disso a iniciativa tenta construir uma relação sustentável do homem com a natureza sem agredi-la. Para atingir os objetivos propostos, as atividades foram organizadas em três etapas. Na primeira etapa foi realizado reunião com os estudantes, na segunda etapa foram coletados os frutos da munguba para a extração da paina. E na terceira etapa, foram realizados experimentos com amostras da paina para confecção da gaze hospitalar e fibra de absorção para remover esmalte em unha. Nos testes para confecção da gaze foram utilizadas uma fina camada de paina espalhada e envolvida no papel sulfite A4 e prensadas com peso em tempos de 30 minutos, 60 minutos e 24 horas. Já a paina como fibra de absorção com acetona para remover esmalte de unha, foram realizados dois testes, onde o primeiro teste removendo apenas uma camada de esmalte e o segundo removendo duas camadas. Como resultado dos testes para a confecção da gaze a amostra 3 apresentou melhor entrelaçamento das fibras o que potencializa para as próximas etapas da confecção. Sobre os testes da utilização da paina como fibra de absorção: o primeiro teste houve completa remoção do esmalte com um único aplique e para remover duas camadas de esmalte foi necessário aplicar duas vezes a fibra para remover completamente. Os resultados encontrados na pesquisa vão ao encontro de Keppler (2020) onde os resultados indicam potenciais socioeconômicos e ambientais da exploração comercial da munguba e propõe a sua industrialização. Portanto, a paina pela grande quantidade de matéria prima disponíveis na natureza é uma bioalternativa sustentável na confecção de gaze hospitalar e removedor de esmalte. Assim, podemos contribuir para permanência da floresta em pé que no momento atual requer um esforço coletivo de boas práticas que auxiliam o desenvolvimento sustentável.
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