A interseção entre educação e religiosidade nas tradições afro-brasileiras é um meio pedagógico antirracista em um mundo marcado pelo colonialismo. Esta pesquisa autoetnográfica, realizada em um terreiro na região metropolitana de Manaus (2024-2025), buscou compreender as pedagogias entre frequentadores e o pai de santo. Segundo Paiva (2019), a autoetnografia combina etnografia e observação participante, valorizando saberes subjetivos e sociais. Maia e Batista (2020) destacam a autorreflexão como essencial dos pesquisadores quando fazem parte do grupo estudado. Entrevistas semiestruturadas com uma filha de santo complementaram os dados. O terreiro revela um espaço que valoriza a prática religiosa, o respeito à posição e o combate ao preconceito/racismo religioso. Conclui-se pela importância de visibilizar esses saberes no ensino formal e não formal, enfrentando o racismo estrutural e a lógica neoliberal que reforçam a desigualdade e a meritocracia ilusória no Brasil.
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