Este artigo tem como objetivo compartilhar a trajetória de vida e escolarização de um jovem gay amazônico, evidenciando os impactos da homofobia desde a Educação Básica até o Ensino Superior. A partir da escrita de si e da memória, busca-se compreender os processos de exclusão, resistência e afirmação da identidade. A metodologia adota a autoetnografia (SOUZA, 2022) e os estudos (auto)biográficos (SOUSA, 2006), compreendendo a narrativa como ato político e epistemológico. Identificou-se que, em Parintins/AM, discursos e práticas escolares ainda invisibilizam corpos dissidentes, reforçando a heteronormatividade e a violência. Nesse contexto, construiu-se coletivamente o Grupo de Estudos sobre Gênero e Sexualidade (GENS), que promove rodas de acolhimento a estudantes LGBTQIAPN+, configurando-se como prática pedagógica de resistência (COLLINS, 2016). Reafirmando que narrar e intervir são formas de enfrentamento e de produção legítima de saber.
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