IGARAPÉS VIVOS: A IMPORTÂNCIA DA PRESERVAÇÃO DAS VEIAS DAS FLORESTAS – PROTEGENDO E PRESERVANDO O IGARAPÉ DO GIGANTE.

  • Autor
  • Eminy de Souza Pinheiro de Lima
  • Resumo
  • O presente trabalho intitulado Igarapés Vivos: a importância da preservação das veias das florestas – protegendo e preservando o igarapé do Gigante descreve um projeto de educação ambiental desenvolvido com crianças da pré-escola, com o propósito de despertar a consciência ecológica desde a primeira infância. A iniciativa partiu da necessidade de refletir sobre a preservação dos igarapés urbanos, elementos fundamentais da Amazônia e frequentemente degradados pela poluição e ocupações desordenadas. O igarapé do Gigante, localizado próximo ao bairro Redenção, foi o foco central da proposta, por representar um exemplo concreto de manancial poluído.

    A metodologia adotada foi qualitativa e buscou integrar vivências práticas, expressões artísticas e diálogo com a comunidade. Inicialmente, as crianças participaram de rodas de conversa sobre a importância da água, a poluição e os alagamentos que afetam o cotidiano da escola. Foram exploradas imagens comparativas de igarapés limpos e poluídos, além da contação da história Lição das Águas, que favoreceu a compreensão lúdica da temática. Na etapa seguinte, realizou-se uma pesquisa de campo no entorno do igarapé do Gigante, possibilitando a observação direta, a conversa com moradores e o plantio de espécies nativas. Essas experiências aproximaram as crianças da realidade local e permitiram que reconhecessem o igarapé como parte viva do seu ambiente.

    Entre as atividades práticas destacaram-se a construção de maquetes, desenhos, cartazes e a confecção de peixes que simbolizam a fauna dos igarapés. Contudo, a ação de maior impacto foi a criação de uma ecobarreira, utilizando materiais reaproveitados como telas de ar-condicionado, tampinhas e pedras, associada à figura da Iara, personagem do folclore brasileiro, representada como protetora das águas. Essa atividade Maker trouxe para as crianças a possibilidade de pensar em soluções concretas para reduzir a poluição, fortalecendo o vínculo entre teoria e prática. Paralelamente, as turmas produziram um vídeo educativo sobre a preservação do igarapé do Gigante, posteriormente apresentado na feira de ciências da escola.

    O impacto do projeto foi expressivo tanto na escola quanto na comunidade. As crianças passaram a olhar para o igarapé com novos olhos, entendendo-o como uma “veia da floresta”, essencial para a vida da fauna, da flora e das pessoas. Elas desenvolveram atitudes de respeito e responsabilidade, apontando ações práticas como não jogar lixo, cuidar das plantas ao redor e preservar os animais. As famílias foram mobilizadas na culminância do projeto e participaram ativamente da apresentação, ampliando o alcance da sensibilização ambiental. A comunidade local também foi envolvida, por meio de diálogos e registros das visitas, fortalecendo a consciência coletiva sobre a importância da preservação.

     

    Conclui-se que a educação ambiental na primeira infância, quando vivenciada de forma lúdica e significativa, é um caminho eficaz para a formação de cidadãos conscientes e comprometidos com a natureza. O projeto demonstrou que é possível unir aprendizagem, criatividade e engajamento comunitário, reforçando que cuidar dos igarapés é cuidar da vida. Quando essa percepção nasce cedo, cria raízes profundas que se estendem para toda a vida escolar e social, transformando pequenas ações em grandes resultados para a preservação ambiental.

  • Palavras-chave
  • Educação Ambiental Igarapés Preservação da Água Ecobarreiras Primeira Infância
  • Modalidade
  • Exposição
  • Área Temática
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